O ministro das Relações Exteriores da China, Wang Yi, reuniu-se na segunda-feira (10) com o chanceler brasileiro, Mauro Vieira, na cidade russa de Nizhny Novgorod.
Wang, também membro do Birô Político do Comitê Central do Partido Comunista da China, observou que este ano marca o 50º aniversário das relações diplomáticas China-Brasil, um ano significativo para o desenvolvimento das relações bilaterais.
Ambos os lados devem compreender a importância estratégica da relação China-Brasil, reforçar a sua natureza mutuamente benéfica e destacar a sua abrangência, disse Wang.
O ministro chinês acrescentou que ambos os lados devem trabalhar juntos para construir uma comunidade China-Brasil com um futuro compartilhado, promover o maior alinhamento das estratégias de desenvolvimento de ambos os países e enviar uma expectativa positiva para o desenvolvimento saudável e estável das relações China-Brasil.
A China sempre priorizou o Brasil em sua diplomacia e está disposta a trabalhar com o Brasil para resumir sistematicamente as experiências bem-sucedidas do último meio século e elevar a parceria estratégica abrangente a um novo nível, observou Wang, acrescentando que isso está de acordo com os desejos de ambos povos e as expectativas da comunidade internacional, e contribui para a paz e o desenvolvimento globais.
A China valoriza a influência significativa do Brasil na região latino-americana e está disposta a promover conjuntamente a cooperação entre a China, a Comunidade dos Estados Latino-Americanos e Caribenhos (CELAC) e o Mercado Comum do Sul, disse Wang.
Ele acrescentou que à medida que o Fórum China-América Latina se aproxima do seu 10º aniversário, mostrando uma tendência de avanço abrangente, ambos os lados podem trabalhar juntos para iniciar uma década ainda mais frutífera para o fórum.
Wang observou que a China e o Brasil, como principais países em desenvolvimento, precisam fazer vozes justas, equilibradas e construtivas sobre questões internacionais de peso. Recentemente, os dois países emitiram conjuntamente seis entendimentos comuns sobre a resolução política da questão da Ucrânia, que têm ganho compreensão e reconhecimento de cada vez mais países.
Observando que este ano marca o ano inaugural da "maior cooperação do BRICS", Wang destacou que a China está disposta a trabalhar com o Brasil para promover ativamente a cooperação do BRICS, permitindo que o mecanismo do BRICS desempenhe um papel maior na governança global e na salvaguarda dos interesses dos países em desenvolvimento.
Mauro Vieira destacou a recente visita bem-sucedida do vice-presidente brasileiro, Geraldo Alckmin, à China e a sétima reunião da Comissão Sino-brasileira de Alto Nível de Concertação e Cooperação (Cosban), enfatizando que o Brasil valoriza muito seu relacionamento com a China, está pronto para se envolver estreitamente em intercâmbios de alto nível com a China, reforçar a cooperação em vários domínios, incluindo o comércio e a economia, e definir um novo posicionamento para as relações bilaterais para abrir novas perspectivas para os próximos 50 anos.
O Brasil aprecia o papel ativo da China na promoção da cooperação do BRICS, valoriza a influência da China nos assuntos internacionais e apoia as principais iniciativas propostas pela China, enfatizou Mauro.
Ele acrescentou que o Brasil e a China compartilham posições semelhantes em muitas questões, e a declaração conjunta sobre os seis entendimentos comuns sobre a solução política da questão da Ucrânia é de importância significativa.
O Brasil está disposto a continuar fortalecendo a cooperação com a China em plataformas multilaterais como as Nações Unidas, o G20 e os BRICS, afirmou ele.
Observando que o presidente brasileiro, Luiz Inácio Lula da Silva, acredita firmemente que o diálogo e a cooperação entre a China e a CELAC são de grande importância, Mauro disse que o Fórum China-América Latina é uma plataforma benéfica, e o Brasil está disposto a trabalhar com a China para organizar atividades do fórum e promover o seu novo desenvolvimento.
