O Ministério do Comércio da China pediu à China e à União Europeia que lidem adequadamente com os atritos econômicos e comerciais por meio do diálogo e da consulta, defendam a cooperação mutuamente benéfica e acolham uma concorrência saudável.
Esforços devem ser feitos para acomodar as preocupações legítimas de ambos os lados e evitar a escalada de atritos comerciais, disse o ministério.
A pasta realizou simpósios com empresas e associações empresariais financiadas pela China em países como Espanha, Portugal e Grécia. Alguns representantes das empresas manifestaram sua preocupação pelo facto de a UE ter suprimido continuamente as empresas chinesas com base na chamada concorrência leal.
O ministro do Comércio chinês, Wang Wentao, disse que as acusações de "concorrência desleal" contra a China são infundadas e que a concorrência leal é o consenso de todos os países e a pedra angular do intercâmbio internacional, e não pode ser definida por alguns países.
A verdadeira concorrência leal significa "esforçar-se para melhorar", em vez de tropeçar nos outros. Deve ser aberta, cooperativa, igualitária e mutuamente benéfica, em vez de exclusiva. Também significa seguir regras que têm consenso internacional, ao invés de quebrá-las ou adulterá-las à vontade, disse ele.
A China defende uma cooperação mutuamente benéfica, mas não evita nem teme a concorrência. O país acolhe a competição saudável e se opõe à concorrência viciosa projetada para conter e reprimir, afirmou Wang.
Em resposta às preocupações com a investigação anti-subsídios da UE sobre veículos elétricos chineses, que afetou a cooperação entre as empresas automobilísticas chinesas e europeias, Wang disse que a maneira correta para os dois lados se darem bem é expandir a cooperação e alcançar resultados vantajosos para todos em meio a uma concorrência saudável. Ele fez as observações durante uma visita recente a uma joint venture entre a montadora chinesa Chery Automobile e sua parceira espanhola Ebro-EV Motors em Barcelona, Espanha.
Ele expressou a esperança de que o lado europeu abandone o protecionismo comercial e regresse ao caminho correto do diálogo e da cooperação.
Wang também disse que espera que as empresas envolvidas na joint venture superem suas dificuldades para fazer de seu trabalho um importante projeto de cooperação econômica e comercial entre a China e a Espanha, bem como entre a China e a Europa.