O número de mortes causadas pela pior catástrofe ambiental da história do Rio Grande do Sul, estado mais ao sul do Brasil, aumentou no último sábado para 171, enquanto 43 pessoas continuam desaparecidas, segundo o último boletim divulgado pela Defesa Civil local.
As inundações provocadas pelas chuvas recordes e as cheias dos rios desde 29 de abril afetaram 2,3 milhões de pessoas, das quais 617.900 precisaram ser evacuadas devido à destruição ou inundação de suas casas.
A situação começou a melhorar nos últimos dias sem chuva, o que levou o rio Guaíba, que inundou parte da capital Porto Alegre e de sua região metropolitana a baixar para ficar abaixo da cota de inundação pela primeira vez em um mês, permitindo que as pessoas começassem a retornar a suas casas e locais de trabalho para limpar e avaliar os danos, entre eles a destruição de milhares de livros e publicações, além de afetar dezenas de museus e bibliotecas.
Não obstante, segundo o Ministério da Saúde, a baixa dos rios e das águas nas zonas urbanas está provocando a difusão de doenças, como a leptospirose, transmitida na água contaminada pela urina dos ratos, que já acumula 8 mortes confirmadas, 12 suspeitas e pelo menos 2.500 casos suspeitos de contaminação.