A Exposição Internacional de Horticultura 2024 Chengdu, com inauguração prevista para sexta-feira, na capital da província de Sichuan, incorpora totalmente uma abordagem verde e de baixo carbono, segundo um dos responsáveis.
O evento, que terá uma duração de 186 dias, apresentará mais de 500 variedades de plantas distintas dos cinco continentes e mais de 60 espécies de plantas locais, bem como uma grande variedade de estilos de jardinagem de todo o mundo, em 113 parques de exposição.
Zhou Jun, vice-diretor do departamento de publicidade do comitê executivo da exposição e vice-diretor do departamento de administração de construção da cidade do parque de Chengdu, disse que a abordagem verde e de baixo carbono é o princípio primário da exposição, implementado no planejamento, design, construção e operação.
A cidade produziu um relatório de pesquisa sobre o desenvolvimento sustentável para a exposição, o primeiro do tipo na história do evento, disse.
"A construção do local principal na Nova Área Leste de Chengdu protegeu e utilizou totalmente os recursos ecológicos e paisagísticos existentes, como vegetação, sistemas hídricos e terras agrícolas. Preservou também as características naturais do terreno tanto quanto possível", disse Zhou.
“Isso não apenas permitiu evitar danos ao ecossistema local, mas reduzir também os custos de construção”.
Tecnologias de construção verde, novos materiais e conceitos de design de baixo carbono foram amplamente adotados na construção dos parques de exposições e pavilhões no local principal, de modo a ajudar a reduzir as emissões de carbono.
Um exemplo são os três edifícios gigantes em forma de pétalas de lótus na entrada do local principal. Eles não servem apenas como decoração, mas têm também uma função importante de captação de água da chuva.
Huang Cong, planejador-chefe das infraestruturas, disse que a instalação coleta a água da chuva e a canaliza através de tubulações para um sistema subterrâneo de filtragem e armazenamento.
“A previsão é que sejam captadas cerca de 2.500 toneladas de água da chuva por ano, o que poderá suprir as necessidades diárias de irrigação de 2 hectares de áreas verdes do local”, disse.
Outro exemplo é o Pavilhão Principal de Exposições, o qual foi projetado para aproveitar ao máximo a ventilação e a iluminação naturais.
"Ele fornece sombra no verão e concentra calor no inverno, resultando na redução do consumo de energia operacional", disse Xiao Bo, projetista do edifício e arquiteto-chefe do Instituto de Design No 3 do China Southwest Architectural Design and Research Institute Corp Ltd.
Em vez de utilizar um ar-condicionado central, o Pavilhão Principal de Exposições utiliza ar condicionado descentralizado, o qual deverá permitir uma poupança de 60.000 quilowatts-hora de eletricidade por ano, o equivalente ao consumo anual de energia de ar condicionado de 30 residências.
