O vice-representante dos EUA na ONU, Robert Wood, vota contra um projeto de resolução que recomenda à Assembleia Geral da ONU, composta por 193 membros, que "o Estado da Palestina seja admitido como membro das Nações Unidas", na sede da ONU em Nova York, em 18 de abril de 2024. (Xie E/Xinhua)
Ziad Abu Amr, o representante especial do presidente palestiniano, dirigiu-se ao Conselho de Segurança, afirmando que a adoção da resolução proporcionaria ao povo palestiniano a esperança de "uma vida decente dentro de um estado independente".
Os Estados Unidos votaram na quinta-feira contra um pedido palestino de adesão plena da ONU ao Conselho de Segurança.
O conselho de 15 membros votou um projeto de resolução que recomenda à Assembleia Geral da ONU, de 193 membros, que "o Estado da Palestina seja admitido como membro das Nações Unidas".
O projeto de resolução recebeu 12 votos a favor, duas abstenções e um voto contra.
Uma resolução do conselho precisa de pelo menos nove votos a favor e nenhum veto dos Estados Unidos, Grã-Bretanha, França, Rússia ou China para ser aprovada. Os Estados Unidos foram obrigados a usar o seu poder de veto depois que o projeto obteve 12 votos a favor.
A missão palestiniana nas Nações Unidas solicitou inicialmente o estatuto de Estado membro pleno da ONU em 2011. A sua primeira tentativa falhou, porque não recebeu o apoio mínimo necessário de nove dos 15 membros do Conselho de Segurança.
Após o revés inicial, os palestinianos dirigiram-se à Assembleia Geral da ONU onde, em novembro de 2012, e conseguiram com sucesso uma elevação do seu estatuto de "observador da ONU" para "Estado observador não-membro", garantindo uma maioria de votos de mais de dois terços. Esta elevação de estatuto permitiu aos territórios palestinianos aderirem a várias organizações internacionais e da ONU, como o Tribunal Penal Internacional.
No início deste mês, o pedido renovado da Palestina para o estatuto de Estado membro pleno nas Nações Unidas foi avaliado pelo Comité da ONU para a Admissão de Novos Membros. Este renascimento da sua candidatura de adesão no início de abril foi apoiado pelos 140 países que reconhecem a Palestina como um Estado independente.
Os representantes votam num projeto de resolução que recomenda à Assembleia Geral da ONU, composta por 193 membros, que "o Estado da Palestina seja admitido como membro das Nações Unidas" durante uma reunião do Conselho de Segurança na sede da ONU em Nova York, em 18 de abril de 2024. (Xie E/Xinhua)
Na quinta-feira, Ziad Abu Amr dirigiu-se ao Conselho de Segurança, afirmando que a adoção da resolução proporcionaria ao povo palestino a esperança de "uma vida decente dentro de um Estado independente".
Ele disse que tal "esperança se dissipou nos últimos anos, devido à intransigência do governo israelense, que rejeitou esta solução pública e abertamente, especialmente após a guerra destrutiva contra a Faixa de Gaza".
