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Não há exceção nem privilégio para EUA no cumprimento da lei internacional, diz Wang Yi

Fonte: Xinhua    19.04.2024 08h25

Não há exceção nem privilégio para os Estados Unidos no cumprimento da lei internacional, incluindo resoluções do Conselho de Segurança das Nações Unidas, disse o ministro das Relações Exteriores da China, Wang Yi, na quinta-feira.

Wang, também membro do Birô Político do Comitê Central do Partido Comunista da China, fez as declarações numa conferência de imprensa conjunta após se reunir com a ministra das Relações Exteriores indonésia, Retno Marsudi.

Em resposta a uma pergunta sobre o papel da ONU em pedir um cessar-fogo na Faixa de Gaza, Wang disse que durante o conflito de Gaza, que persiste há meio ano, se desenvolve uma rara tragédia humanitária do século XXI.

O Conselho de Segurança da ONU, em resposta aos apelos da comunidade internacional, tem deliberado continuamente sobre projetos de resolução sobre um cessar-fogo em Gaza, apenas para serem repetidamente vetados pelos Estados Unidos, disse Wang.

Ele acrescentou que o Conselho de Segurança da ONU adotou recentemente a Resolução 2728, exigindo um cessar-fogo imediato em Gaza. Desta vez, os Estados Unidos não ousaram continuar se posicionando contra os princípios morais internacionais, ao invés disso, optaram por se abster, mas alegaram que esta resolução era "não obrigatória".

Esta declaração dos Estados Unidos surpreendeu o mundo, expondo mais uma vez a mentalidade hegemônica dos mesmos, observou Wang.

Ele criticou os EUA por empregarem o direito internacional como uma pura ferramenta que pode ser utilizada à sua vontade ou descartada quando considerada desnecessária.

Wang destacou que todos os Estados-membros das Nações Unidas estão bem cientes de que as resoluções adotadas pelo Conselho de Segurança de acordo com a Carta das Nações Unidas são obrigatórias e que todos os países são obrigados a cumpri-las, o que é um compromisso sério assumido por todos os países quando aderiram às Nações Unidas.

Os Estados Unidos, como membro permanente do Conselho de Segurança da ONU, devem assumir a liderança no cumprimento das resoluções do Conselho de Segurança da ONU, disse Wang, acrescentando que, em resposta às alegações absurdas feitas pelos Estados Unidos, o secretariado da ONU tem enfatizado claramente que todas as resoluções do Conselho de Segurança são leis internacionais e são juridicamente obrigatórias.

Espera-se que os Estados Unidos abandonem seu senso de superioridade e realmente atendam às vozes da comunidade internacional, disse Wang, acrescentando que é hora de as autoridades americanas aprimorarem seus conhecimentos básicos de direito internacional.

Os Estados Unidos têm afirmado consistentemente cumprir "a ordem internacional baseada em regras", no entanto, as regras mais significativas são os propósitos e princípios da Carta da ONU, incluindo as normas jurídicas internacionais, como resoluções do Conselho de Segurança da ONU, disse Wang.

O Conselho de Segurança, como núcleo do mecanismo de segurança coletiva do mundo, não deve de forma alguma ser manipulado por países individuais para fins geopolíticos, nem deve servir de palco para perseguir a hegemonia ou a política de poder, observou o ministro das Relações Exteriores chinês.

Não há exceção nas Nações Unidas no cumprimento das leis internacionais, incluindo as resoluções do Conselho de Segurança, e os Estados Unidos não têm privilégios a esse respeito, disse Wang.

Wang expressou esperança de que os Estados Unidos mudem seu complexo de superioridade de longa data e trabalhem, como membro das Nações Unidas, juntamente com outros Estados-membros, para cumprir as devidas responsabilidades internacionais, apoiar a Resolução 2728 e alcançar um cessar-fogo geral na Faixa de Gaza em uma data precoce, de modo a tirar o povo palestino de seu sofrimento.

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