Centro de Conferências Internacional do Fórum Boao para a Ásia (BFA), em Boao, província de Hainan, sul da China. (Xinhua/Yang Guanyu)
A inovação verde e digital da China está injetando grande impulso em seus esforços para desenvolver novas forças produtivas de qualidade.
As observações foram proferidas por funcionários do governo, empresários e acadêmicos em um fórum paralelo durante a Conferência Anual 2024 do Fórum Boao para a Ásia (BFA), realizada em Boao, na Província de Hainan, no sul da China, de 26 a 29 de março.
As novas forças produtivas de qualidade referem-se a métodos de produção desprendidos dos meios tradicionais de crescimento económico e produtividade. Caracterizadas pela implementação de alta tecnologia, eficiência e qualidade, estão alinhadas com a nova filosofia de desenvolvimento.
Enquanto principal parceiro de cooperação do BFA, a China Energy Engineering Corporation Limited, uma empresa da Global Fortune 500, participa na conferência anual há vários anos, partilhando resultados de inovação, bem como soluções de desenvolvimento verdes e de baixo carbono com outros participantes globais.
Observando que o objetivo das novas forças produtivas de qualidade está alinhado com a estratégia de crescimento da empresa, Song Hailiang, presidente da empresa, disse no subfórum que a inovação é a principal força motriz das novas forças produtivas de qualidade e um motor para a alta produtividade da China.
Song Hailiang, presidente do China Energy Engineering Group Co., Ltd. (Xinhua/Yang Guanyu)
A empresa tem buscado ativamente a inovação para desenvolver novas forças produtivas e promover indústrias estratégicas, acrescentou Song. Somente em 2023, a empresa investiu quase 13 bilhões de yuans (cerca de US$ 1,83 bilhão) em pesquisa e desenvolvimento de fornecimento energético, redes elétricas, novas energias, armazenamento de energia, hidrogênio, dessalinização de água do mar, entre outros campos.
Opiniões semelhantes foram partilhadas por Liu Yong, presidente e fundador da DAS Solar, uma empresa chinesa de alta tecnologia que exemplifica a inovação na indústria fotovoltaica. Segundo ele, o elemento marcante das novas forças produtivas de qualidade deveria ser a inovação, pois só através da inovação as empresas podem alcançar a competitividade.
"Também estamos buscando inovação no modelo de produção e operação", disse Liu, observando que a empresa construiu uma fábrica totalmente inteligente e digital.
Além do setor energético, a indústria de transportes da China também logrou ativamente a inovação durante a sua jornada de desenvolvimento ao longo dos anos.
"A indústria de transportes da China fez progressos substanciais desde a reforma e abertura. Construímos as maiores redes ferroviárias e de vias expressas de alta velocidade do mundo, bem como um cluster portuário de classe mundial", disse Li Yang, vice-ministro dos transportes da China. "O desenvolvimento de instalações de transporte tão grandes é inseparável da inovação tecnológica".
Nos últimos anos, a China fez também esforços contundentes na transição verde, injetando um novo impulso no seu desenvolvimento de alta qualidade, ao mesmo tempo que prossegue firmemente os seus objetivos duplos de carbono de atingir o pico de emissões até 2030 e alcançar a neutralidade carbónica até 2060.
As metas duplas de carbono da China apresentam novos desafios para a inovação científica e tecnológica no setor energético, disse Gao Xiang, acadêmico da Academia Chinesa de Engenharia, durante o fórum.
Gao acrescentou que, sob a visão da neutralidade de carbono no futuro, a estrutura energética passará por mudanças tremendas e as novas tecnologias desempenharão um papel significativo na promoção da transição energética e industrial e na obtenção de um desenvolvimento de alta qualidade.
A China está também a partilhar a sua experiência de desenvolvimento de alta qualidade com outros países.
"A China realizou um trabalho considerável na inovação em energia e transportes. A China busca um desenvolvimento verde, inovador e de alta qualidade, ao mesmo tempo que alcança um rápido crescimento económico", disse Zafar Uddin Mahmood, conselheiro político do Secretário-Geral do BFA.
Durante anos, o Paquistão esteve envolvido na cooperação com a China no âmbito da Iniciativa do Cinturão e Rota, com as empresas chinesas ajudando muito ao desenvolvimento dos setores de energia e transporte do Paquistão, observou Mahmood.
Para compartilhar os frutos do desenvolvimento de alta qualidade da China, as empresas chinesas ofereceram ampla experiência em desenvolvimento industrial, cooperação tecnológica e partilha de energia aos parceiros globais, disse Song.
No ano passado, a China Energy Engineering garantiu novos contratos no exterior, no valor de mais de 280 bilhões de yuans. Nos últimos cinco anos, foram assinados contratos no valor de mais de 500 mil milhões de yuans com países e regiões parceiros do Cinturão e Rota.
