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Cooperação comercial Brasil-China está melhorando harmoniosamente, diz vice-presidente brasileiro

Fonte: Diário do Povo Online    19.03.2024 10h30

A cooperação comercial bilateral entre o Brasil e a China está melhorando harmoniosamente, o que é o caminho mais importante para comemorar o 50º aniversário do estabelecimento de relações diplomáticas entre o Brasil e a China, disse o vice-presidente brasileiro, Geraldo Alckmin, no sábado (16), numa entrevista exclusiva ao China News Service em São Paulo, Brasil.

O vice-presidente brasileiro e ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio, Alckmin, concedeu uma entrevista em São Paulo, Brasil, em 16 de março de 2024. (Foto: Lin Jian/China News Service)

A China tem sido o maior parceiro comercial do Brasil, o maior mercado de exportação do Brasil e fonte de excedente comercial durante 15 anos consecutivos. O Brasil também é o maior parceiro comercial da China na América Latina. O desenvolvimento do comércio bilateral apresenta uma tendência positiva, enunciou Alckmin com base em dados.

Falando sobre o plano de "reindustrialização" do Brasil, Alckmin listou uma série de projetos de cooperação Brasil-China, especialmente empresas chinesas de veículos de nova energia investindo e estabelecendo fábricas no estado de São Paulo, no estado da Bahia e em outros lugares. Ele acredita que os veículos elétricos avançados e a tecnologia de desenvolvimento verde da China representam a direção da inovação tecnológica e do desenvolvimento sustentável, que não apenas impulsiona o desenvolvimento urbano, mas também promove a modernização da cadeia industrial do Brasil.

O plano de "reindustrialização" tem uma ampla gama de oportunidades de investimento, abrangendo construção de infraestrutura como portos, aeroportos e ferrovias, energia limpa e construção de complexos médicos, disse Alckmin, acrescentando que "as capacidades de investimento e infraestrutura da China são muito importante".

"O Brasil é um país que está pronto para alcançar um crescimento mais forte." Alckmin disse que o Brasil tem um vasto território, ricas reservas de petróleo e metais não ferrosos, agricultura desenvolvida e fabricação avançada de aeronaves. Está desenvolvendo indústrias manufatureiras emergentes, como energia limpa, saúde e proteção ambiental. "Como um grande país com mais de 200 milhões de habitantes, o Brasil tem escala e tamanho para fazer isso. Não tem guerra com nenhum país. O que precisamos é chegar a mais acordos comerciais", destacou ele.

Falando sobre a recente aprovação pela Administração Geral das Alfândegas da China de 38 frigoríficos brasileiros para exportação para a China, Alckmin disse que esta política consolidará ainda mais a posição do Brasil no mercado chinês e injetará novo impulso na melhoria e modernização do comércio bilateral.

Segundo o vice-presidente brasileiro, a expansão das exportações de carne do Brasil para a China não só criará mais empregos e mais renda, mas também fornecerá alimentos de alta qualidade para o povo chinês. “O comércio bilateral é uma situação vantajosa para todos”, enfatizou ele.

Alckmin disse que está ansioso para presenciar a reunião do Comitê de Coordenação e Cooperação de Alto Nível China-Brasil (COSBAN), que será realizada em Beijing em junho deste ano, seguida da Cúpula de Líderes do G20, em novembro no Rio de Janeiro, Brasil.

"Nos domínios do comércio, agricultura e finanças, os nossos parceiros chineses são muito importantes", afirmou ele, observando que a COSBAN tem sido continuamente promovida há 20 anos e tornou-se o principal mecanismo de coordenação para as relações bilaterais.

A expectativa é de promover ainda mais a cooperação entre o Brasil e a China em comércio, investimento e inovação tecnológica.

O Brasil e a China são os maiores países em desenvolvimento e importantes mercados emergentes em ambos os hemisférios. “Os dois países têm conceitos de desenvolvimento consistentes e cooperação pragmática com suprimentos complementares. Esta parceria continuará a se desenvolver para o benefício dos dois povos”, avaliou Alckmin.

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