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Montadoras de automóveis da China exploram mercado da América Latina

Fonte: Xinhua    01.03.2024 13h14

No início do Ano Novo Lunar chinês, um navio cargueiro vindo da China atracou no Chile com 214 ônibus totalmente elétricos.

Este é um pedido entregue pela fabricante chinesa de ônibus Yutong Bus ao seu cliente chileno. Os ônibus atenderão às necessidades de transporte dos passageiros que viajam entre as principais áreas urbanas e as cidades vizinhas a Santiago.

Nos últimos anos, as exportações de carros da China tiveram um salto graças à crescente popularidade dos veículos de nova energia, com montadoras tradicionais e emergentes entrando nos mercados externos.

A América Latina, destino de muito investimento das montadoras, possui grande potencial de mercado, apesar de seu início relativamente tardio. Nos primeiros cinco meses de 2023, as exportações chinesas de veículos de novas energias para a região aumentaram 26,5% ano a ano, chegando a 337 mil. Os modelos de marcas chinesas tornaram-se comuns nas ruas de países como Chile e México.

Em janeiro, a marca chinesa BYD lançou em México, o segundo maior mercado de exportação de automóveis da China, um modelo de carro híbrido Song PLUS, com autonomia superior a mil quilômetros.

O Geely Auto Group, outra montadora chinesa, estabeleceu sua primeira subsidiária regional latino-americana no México em novembro passado e planeja lançar cinco novos modelos dentro de um ano.

O cenário das exportações de automóveis da China está evoluindo além das vendas e fazendo a transição para manufatura e serviços.

Cada vez mais montadoras chinesas estão investindo na instalação de fábricas na América Latina. A Chery Automobile anunciou em fevereiro que investirá US$ 400 milhões na construção de uma fábrica na Argentina, com planos de produzir 100 mil veículos por ano. Outras marcas chinesas, incluindo a Great Wall Motor, também têm vontade de abrir fábricas em países como Chile e Brasil.

Zhang Yongwei, vice-presidente do China EV100, think tank do setor de veículos elétricos, disse que as empresas chinesas do setor aceleram a diversificação de seus negócios para cooperação técnica e investimento em fábricas e que as exportações mantêm o ímpeto de crescimento.

As marcas chinesas também estão priorizando melhorias em serviços de carregamento e ofertas financeiras.

No início de 2023, a filial da BYD no México fez uma parceria com o grupo bancário multinacional Santander para fornecer serviços financeiros automotivos convenientes para revendedores e clientes locais. Além disso, a BYD recentemente cooperou com a empresa brasileira de energia Raízen Power, da Shell, para estabelecer centros de recarga em oito cidades do Brasil nos próximos três anos.

Com a implementação de cada vez mais novas tecnologias, como tecnologia inteligente, digitalização e Internet das Coisas, espera-se que os veículos de novas energias da China sejam mais competitivos e tenham mais espaço de desenvolvimento nos mercados externos, disse Sun Chao, vice-reitor do Instituto de Pesquisa Automotiva de Shenzhen do Instituto de Tecnologia de Beijing.

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