Wu Lejun, Wu Qiuyu e Yu Yichun, Diário do Povo
Terminal no porto de Qingdao, província de Shandong, leste da China. (Foto: Han Jiajun/Diário do Povo Online)
O Fundo Monetário Internacional (FMI) aumentou recentemente a sua previsão de crescimento para a economia chinesa e outras economias emergentes na Ásia em 2024. Por sua vez, a previsão de crescimento económico global para este ano foi aumentada em 0,2 pontos percentuais, para 3,1 por cento, devido à resiliência de grandes economias como a China.
O FMI destacou que o aumento da previsão de crescimento econômico da China reflete a continuação do forte impulso de crescimento da economia chinesa no ano passado, o qual superou as expectativas, bem como o efeito estimulante das políticas implementadas pelo governo chinês.
Em 2023, o PIB da China ultrapassou os 126 biliões de yuans (17,51 biliões de dólares), crescendo 5,2% em relação ao ano anterior. A China continua a ser o maior motor do crescimento global. Em janeiro de 2024, a vitalidade econômico do país deu sinais de recuperação, enviando sinais positivos para o desempenho econômico anual.
Não somente o FMI, mas também outras instituições financeiras internacionais, como a Goldman Sachs e o Grupo UBS, divulgaram recentemente relatórios nos quais é referido que as indústrias de consumo e serviços da China continuarão a sua tendência de recuperação pós-pandemia em 2024.
Líderes de instituições internacionais e empresas multinacionais têm realizado visitas frequentes à China, incluindo uma delegação econômica japonesa, uma delegação liderada pelo diretor executivo do Banco Mundial, o Grupo Danone da França, o Grupo Amway dos Estados Unidos e a alemã BMW, demonstrando confiança no mercado chinês e disponibilidade para aprofundar a cooperação prática com a China.
No Porto Logístico Internacional Xiaomo, em Shenzhen, província de Guangdong, no sul da China, um navio ro-ro de propriedade da fabricante chinesa BYD, zarpou, transportando mais de 5.000 NEVs (veículos de novas energias) de fabricação chinesa rumo aos portos de Flushing e Bremerhaven nos Países Baixos e Alemanha, respetivamente.
Em 2023, a China tornou-se pela primeira vez o maior exportador mundial de automóveis. As estatísticas indicam que um em cada três carros exportados pela China é um veículo elétrico de passageiros. No ano passado, as exportações chinesas de NEVs, baterias de lítio e módulos fotovoltaicos ultrapassaram 1 trilhão de yuans, liderando o mundo em participação de mercado.
Na Passagem de Alataw, na Região Autônoma Uigur de Xinjiang, no noroeste da China, trens de carga China-Europa zarpam sucessivamente, transportando bens de consumo diário, automóveis e peças de reposição, maquinarias, e outros bens fabricados em várias partes da China para a Europa.
Em 2023, os comboios de carga China-Europa realizaram 17.000 viagens ao longo do ano, transportando 1,9 milhões de unidades, equivalentes a vinte pés, representando um aumento de 6 por cento e 18 por cento, respectivamente, em comparação com o ano anterior.
Este "canal dourado" de transporte terrestre internacional conectou 217 cidades em 25 países entre a China e a Europa, injetando um impulso contínuo no comércio bilateral e nas trocas econômicas.
A China é o único país com indústrias em todas as categorias da classificação industrial das Nações Unidas (ONU).
"As empresas chinesas apresentam vantagens significativas em termos de capacidade de inovação, iteração e eficiência de produção. No pano de fundo, está a cadeia industrial e o seu enorme mercado do país", disse Tang Zhimin, diretor de estudos China-ASEAN no Instituto Panyapiwat, com sede em Bangkok.
A China é um importante parceiro comercial de mais de 140 países e regiões. Borge Brende, presidente do Fórum Econômico Mundial, observou que a China está a transitar de um crescimento impulsionado pelo investimento e pelas infra-estruturas para um crescimento liderado pela inovação, ocupando uma posição crucial na economia e no comércio globais.
Sonali Jain-Chandra, chefe de uma equipa do FMI que conduz discussões sobre a Consulta do Artigo IV de 2023 na China, observou que as políticas implementadas pelo governo chinês terão um impacto positivo na economia.
Ela disse ainda que a investigação realizada pelo FMI indica que, quando a taxa de crescimento da China aumenta 1 ponto percentual, o crescimento noutros países aumenta cerca de 0,3 pontos percentuais.
Ela crê que o crescimento econômico da China em 2024 ultrapassará a média global, tornando o país um grande contribuinte para o crescimento econômico global nesse ano.
No novo ano, várias regiões da China delinearam seus "roteiros" para construir um ambiente de negócios de classe mundial orientado para o mercado, baseado na lei e internacionalizado.
Shanghai propôs avançar ainda mais na reforma e na abertura de alto nível, reforçando a dinâmica de desenvolvimento e a competitividade, promovendo vigorosamente reformas pioneiras e liderando iniciativas generalizadas de abertura.
A província de Guizhou implementará ações para melhorar a qualidade e a eficiência do comércio exterior. O município de Chongqing avançará na construção de alto nível do Novo Corredor Internacional de Comércio Terrestre-Marítimo para se tornar um planalto de abertura.
A China está a concentrar-se em acelerar o desenvolvimento de novas forças produtivas e em abraçar a inovação e a transformação como novas tendências importantes na sua economia.
O país está a promover ativamente a digitalização e a transformação verde industrial. Xiao Song, vice-presidente executivo global da Siemens, disse que as empresas estrangeiras sentem que a China está a se tornar um “campo de inovação” para tecnologias de ponta.
"Os fundamentos que sustentam a recuperação econômica e o crescimento a longo prazo da China permanecem inalterados. Como país aberto, a China continuará a proporcionar mais oportunidades de cooperação ao mundo. O futuro da economia chinesa é brilhante e estamos repletos de confiança nele", disse Liu Sushe, vice-chefe da Comissão Nacional de Desenvolvimento e Reforma.