O ministro das Relações Exteriores da China, Wang Yi, participou na segunda-feira do segmento de alto nível da 55ª sessão do Conselho de Direitos Humanos das Nações Unidas por videoconferência, sublinhando que todas as partes devem proteger o direito das pessoas à sobrevivência e ao desenvolvimento como uma prioridade.
Wang, também membro do Birô Político do Comitê Central do Partido Comunista da China, disse que o mundo está se tornando mais turbulento, crises e conflitos continuam aumentando e o déficit de governança global em direitos humanos está crescendo no momento.
Observando que o conflito palestino-israelense custou a vida de quase 30 mil civis e deixou cerca de 2 milhões de pessoas deslocados, Wang disse que cabe a toda a comunidade internacional proteger os direitos humanos de todos os grupos étnicos e de todas as pessoas de forma justa, igual e eficaz.
Wang pediu a todas as partes que coloquem as pessoas em primeiro lugar e protejam os interesses das pessoas, o que é a base e o objetivo da causa dos direitos humanos. O direito das pessoas à sobrevivência e ao desenvolvimento deve ser protegido como uma prioridade e procurado com um maior sentido de urgência.
"Devemos defender a equidade e a justiça, permanecer contra as tentativas de usar os direitos humanos como pretexto para interferir nos assuntos internos de outros países ou conter o desenvolvimento de outros, nos opor a atos de hegemonismo e política de poder e rejeitar a prática de dupla moral", disse Wang.
Wang pediu a todos os lados que respeitem o direito de todos os países de escolher de forma independente seus caminhos para o desenvolvimento dos direitos humanos. Os países não devem impor seus próprios valores ou modelos de desenvolvimento aos outros, menos ainda criar pequenos blocos e alinhar-se contra aqueles com visões diferentes.
"Devemos buscar uma cooperação que beneficie todos. O consenso deve ser construído por meio do diálogo e o aprendizado mútuo deve ser aumentado por meio de intercâmbios", disse Wang.
Os órgãos de direitos humanos da ONU devem realizar seu trabalho de maneira justa e objetiva, seguir uma abordagem não seletiva e não politizada e dar igual ênfase a todos os tipos de direitos humanos, incluindo direitos econômicos, sociais e culturais, e direitos civis e políticos. Os órgãos multilaterais de direitos humanos devem servir como plataformas para engajamento construtivo e cooperação para todos os lados, em vez de um campo de batalha para políticas de grupo ou confrontação entre blocos, disse ele.
Wang disse que, como um grande país responsável, a China desempenha um papel ativo na governança global de direitos humanos e contribuiu com esforços para a conclusão de uma série de importantes convenções e declarações internacionais sobre direitos humanos.
A China está agora trabalhando para gerar frutos da modernização à sua população de forma mais substantiva e equitativa, e elevando o nível de proteção dos direitos humanos, disse Wang, acrescentando que o país defenderá ativamente os valores comuns da humanidade e trabalhará com todos os lados para fazer novas contribuições para o desenvolvimento saudável da causa global dos direitos humanos.