China pede que EUA parem de restringir viagens de estudantes chineses ao país

Fonte: Xinhua    01.02.2024 13h39

A China pede aos Estados Unidos que parem imediatamente de suprimir e restringir os estudantes chineses que viajam para os EUA sob as chamadas razões de segurança nacional, disse um porta-voz do Ministério das Relações Exteriores na quarta-feira.

O porta-voz Wang Wenbin fez as declarações em uma coletiva de imprensa regular quando solicitado a comentar as reportagens de que estudantes chineses sofreram interrogatórios injustificados, assédio e deportação na fronteira dos EUA.

Foi informado que estudantes chineses foram novamente interrogados ao entrarem na fronteira dos EUA, no Aeroporto Internacional Washington Dulles. O pessoal de aplicação da lei dos EUA repetidamente fez perguntas sobre o histórico político e a pesquisa acadêmica dos estudantes e pediu que estes fornecessem informações internas do governo chinês para serem liberados. Depois de terem pedidos recusados, as agências de aplicação da lei dos EUA decidiram cancelar os vistos, proibindo os estudantes de entrarem nos EUA, deportando-os à força.

Wang disse que os EUA frequentemente assediam, interrogam e deportam os estudantes chineses que chegam aos EUA por motivos políticos há algum tempo. As informações disponíveis mostram que, só no Aeroporto Internacional Washington Dulles, pelo menos oito estudantes chineses com autorizações de viagem legais e válidas foram assediados, interrogados e deportados pelo lado americano por razões infundadas desde o final de novembro de 2023.

Ele disse que as medidas das autoridades de aplicação da lei dos EUA violam seriamente os direitos e interesses legítimos e legais dos estudantes em questão, perturbam os intercâmbios culturais e viagens transfronteiriças entre os dois países e vão contra o entendimento comum entre os dois presidentes sobre melhorar e facilitar os intercâmbios culturais e entre pessoas, e a China fez representações solenes aos EUA.

Os EUA gostam de se apresentar como abertos, inclusivos e um lugar que defende a liberdade acadêmica e "nenhuma fronteira na ciência", mas politizam e usam como armas a pesquisa acadêmica, extrapolando o conceito de segurança nacional para suprimir e maltratar desenfreadamente os estudantes chineses, disse Wang, acrescentando que tais movimentos minam os direitos e interesses legais e os direitos humanos básicos dos cidadãos chineses, causam o efeito de resfriamento e estragam a atmosfera dos intercâmbios interpessoais China-EUA.

Wang disse que, em casos recentes, o pessoal de aplicação da lei dos EUA descaradamente induziu e infiltrou vítimas, representando uma ameaça direta à segurança nacional da China. Os atos dos EUA movidos por viés ideológico sem respeito à verdade nem à racionalidade configuram aplicação da lei discriminatória e politicamente motivada e acabarão finalmente por manchar a própria imagem dos EUA.

A China insta os EUA a agirem de acordo com a declaração feita pelo presidente Biden e os entendimentos comuns alcançados pelos dois presidentes em São Francisco, a pararem imediatamente de suprimir e restringir os estudantes chineses que viajam para os EUA sob as chamadas razões de segurança nacional, a protegerem seriamente a segurança e os direitos e interesses legais dos estudantes e acadêmicos chineses nos EUA e a removerem as barreiras para os intercâmbios e viagens transfronteiriças China-EUA, disse Wang.

O porta-voz salientou que a China tomará medidas resolutas para salvaguardar sua segurança nacional e os direitos e interesses legítimos e legais dos cidadãos chineses.

(Web editor: Beatriz Zhang, Renato Lu)

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