Desastres naturais causam prejuízos globais de US$ 250 bilhões em 2023, diz Munich Re

Fonte: Xinhua    10.01.2024 09h55

Desastres naturais causaram prejuízos globais de cerca de US$ 250 bilhões em 2023, disse a resseguradora alemã Munich Re em seu relatório anual nesta terça-feira.

As tempestades na América do Norte e na Europa foram "mais destrutivas do que nunca", de acordo com o relatório. Somente na América do Norte, ativos no valor de cerca de US$ 66 bilhões foram destruídos por tempestades, enquanto na Europa os danos causados por tempestades somaram US$ 10 bilhões.

"O aquecimento da Terra que vem se acelerando há alguns anos está intensificando o clima extremo em muitas regiões, levando ao aumento do potencial de prejuízos", disse Ernst Rauch, cientista-chefe de clima da Munich Re.

Na Alemanha, 2023 foi o ano mais quente desde que as medições começaram em 1881, de acordo com o Serviço Meteorológico Nacional (DWD). Em contraste com os anos anteriores, que foram frequentemente caracterizados por secas e ondas de calor, 2023 teve condições predominantemente quentes e úmidas, com altos níveis de precipitação.

"As mudanças climáticas continuam sem controle", avaliou Tobias Fuchs, chefe da área de negócios de clima e meio ambiente do DWD, ao apresentar os números. "Devemos intensificar os esforços para proteger o clima e aprender a nos adaptar aos danos causados por extremos climáticos."

Os desastres naturais mais devastadores em 2023 foram os terremotos no sudeste da Turquia e na Síria em fevereiro. A Munich Re observou que, com 58 mil pessoas mortas e prejuízoss totais de cerca de US$ 50 bilhões, foi também o desastre natural mais caro do ano.

O número de mortes causadas por desastres naturais no ano passado subiu para 74 mil. "Uma série de terremotos devastadores levou a desastres humanitários", enfatizou a Munich Re. Cerca de 63 mil pessoas "perderam a vida como resultado de tais desastres geofísicos em 2023 - mais do que em qualquer momento desde 2010".

"Dados abrangentes e conhecimento aprofundado das mudanças nos riscos continuam sendo fatores-chave (...) para proteger as pessoas contra desastres naturais", enfatizou Thomas Blunck, membro do conselho de administração da Munich Re.

(Web editor: Beatriz Zhang, Renato Lu)

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