China refuta declaração conjunta no Diálogo Trilateral Indo-Pacífico EUA-Japão-República da Coreia

Fonte: Xinhua    09.01.2024 13h45

O Ministério das Relações Exteriores da China refutou na segunda-feira uma declaração conjunta divulgada pelo Diálogo Trilateral Indo-Pacífico entre os Estados Unidos, o Japão e a República da Coreia.

A porta-voz da pasta, Mao Ning, falou em coletiva de imprensa diária sobre a declaração, que foi divulgada em 6 de janeiro pelo Departamento de Estado dos EUA. O documento expressa as preocupações dos três países com relação às reclamações marítimas da China no Mar do Sul da China e ao "comportamento de escalada" e diz que os Estados Unidos, o Japão e a República da Coreia "continuarão sua cooperação trilateral de segurança marítima e aplicação da lei de acordo com o direito internacional".

Os três países também reafirmaram que a paz e a estabilidade no Estreito de Taiwan são indispensáveis para a segurança e a prosperidade da comunidade internacional.

"A China observou o diálogo entre os EUA, o Japão e a República da Coreia e sua declaração conjunta resultante", disse Mao, expressando sérias preocupações com a retórica da declaração sobre a China.

"Nós nos opomos firmemente à tentativa desses países de reunir grupos excludentes em nome de cooperação, interferir grosseiramente nos assuntos internos da China, atacar e difamar a nação e estimular o confronto e o antagonismo", afirmou a porta-voz.

Ela lembrou que a situação no Mar do Sul da China é geralmente estável. A China está comprometida em salvaguardar sua própria soberania territorial, seus direitos e interesses marítimos, ao mesmo tempo em que administra adequadamente as diferenças com os países diretamente envolvidos através do diálogo e da consulta.

"Alguns países não regionais têm procurado flexionar seus músculos e incitar o confronto no Mar do Sul da China, o que não favorece a paz e a estabilidade na região", ressaltou ela.

"Quero enfatizar que Taiwan é parte inalienável do território da China, e a questão de Taiwan é inteiramente assunto interno da China e não admite interferência estrangeira", destacou Mao.

Ela explicou que a chave para manter a paz e a estabilidade no Estreito de Taiwan é defender o princípio de Uma Só China e se opor firmemente aos movimentos separatistas em direção à "independência de Taiwan".

A região da Ásia-Pacífico é uma pioneira de cooperação, não um tabuleiro de xadrez para disputas geopolíticas, enfatizou.

"Pedimos às partes relevantes que respeitem seriamente os esforços dos países regionais em direção à paz e à estabilidade, abandonem a mentalidade da Guerra Fria, parem de criar confrontos em bloco e deixem de alimentar tensões na região", acrescentou Mao.

(Web editor: Beatriz Zhang, Renato Lu)

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