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China e UE devem reforçar cooperação e laços

Fonte: Diário do Povo Online    07.12.2023 10h07

Membros da equipe posam para fotos com o primeiro Shanghai Express, um trem de carga China-Europa que liga Shanghai à Europa, em Hamburgo, Alemanha, em 26 de outubro de 2021. (Foto: Xinhua)

Um total de 16.145 trens de carga China-Europa foram operados de janeiro a novembro, transportando quase 1,75 milhão de contêineres, um aumento anual de 7 e 19%, respectivamente, de acordo com os últimos dados divulgados pelo China State Railway Group na terça-feira (5).

Desde que o primeiro trem de carga China-Europa partiu da cidade de Yiwu, na província de Zhejiang, no leste da China, para Madri, na Espanha, em novembro de 2014, os serviços de trem de carga China-Europa se expandiram para 217 cidades em 25 países europeus.

O aumento do número de trens de carga China-Europa demonstrou a interdependência e a profunda integração entre a China e a Europa, bem como entre a China e a União Europeia (UE) nos últimos anos.

Em 2022, a China e a UE, que são os segundos maiores parceiros comerciais um do outro, alcançaram fluxos comerciais bilaterais recorde de 847,3 bilhões de dólares, um aumento anual de 2,4%, segundo dados do Ministério do Comércio da China.

A China e a UE também reforçaram os intercâmbios em matéria de alterações climáticas, produtos de indicação geográfica e novas energias.

Portadores de passaportes comuns de cinco países da UE, incluindo França e Alemanha, também podem desfrutar de viagens sem visto para a China por até 15 dias, sob a política de entrada sem visto que está em vigor desde 1º de dezembro, disse Mao Ning, porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da China, numa recente coletiva de imprensa.

Juntamente com os crescentes intercâmbios econômicos e interpessoais, os líderes da UE e dos países europeus, incluindo a Alemanha, a França e a Espanha, visitaram a China para aumentar a confiança e a compreensão mútuas desde o final de 2022.

A próxima 24ª Cúpula China-UE, a primeira reunião presencial de líderes entre as duas partes em quatro anos, é sem dúvida um dos eventos políticos mais esperados entre as duas principais economias do mundo.

A cúpula anual coincide com o 20º aniversário do estabelecimento da parceria estratégica abrangente entre a China e a UE e o 25º aniversário do estabelecimento do mecanismo de reunião entre os líderes de ambos os lados.

O ministro das Relações Exteriores chinês, Wang Yi, descreveu a próxima cúpula como uma ocasião para os líderes mostrarem a direção, traçarem um plano e aumentarem a confiança nas relações bilaterais, durante a sua reunião com enviados diplomáticos da UE e dos seus estados membros.

Wang Yiwei, diretor do Centro de Estudos Europeus da Universidade Renmin da China, comentou sobre a próxima cúpula, que terá lugar após a reunião entre a China e os líderes dos EUA em novembro, dizendo: "É hora de melhorar as relações China-UE e a cúpula prova que as relações China-UE estão se re-estabelecendo num mecanismo normal".

Observando a política de isenção de visto de entrada da China para cinco países europeus, Wang Yiwei afirmou que a UE saúda a política, acrescentando que o mecanismo de intercâmbio interpessoal entre a China e a UE ainda não foi totalmente restaurado. “No futuro, a China e a UE deverão realizar mais intercâmbios interpessoais para dissipar mal-entendidos”.

Wang Yiwei acrescentou que a China e a UE podem cooperar em muitos campos, incluindo as novas indústrias energéticas, verdes e de baixo carbono.

Piotr Gadzinowski, antigo membro do Sejm polaco, a câmara baixa do parlamento polaco, observou que a China e os EUA manifestaram a vontade de regressar à concorrência racional após a reunião dos seus líderes em São Francisco, em novembro, acrescentando que a as relações UE-China se beneficiarão da distensão entre a China e os EUA.

Gadzinowski disse que a China é o parceiro econômico não europeu mais importante da UE em muitas áreas, ainda mais importante do que os EUA.

Observando que a China é um importante parceiro econômico da Polônia, Gadzinowski expressou a esperança de que as empresas chinesas aumentem o seu investimento na Polônia, especialmente na modernização e expansão da infra-estrutura ferroviária relacionada com os trens de mercadorias China-Europa.

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