A produção agrícola de Angola em 2022 aumentou para cerca de 24,8 milhões de toneladas, marcando um aumento de 5,6% face a 2021, segundo dados divulgados pelo Ministério da Agricultura e Florestas de Angola, nesta segunda-feira.

As culturas de raízes e tubérculos dominaram a produção, atingindo quase 13 milhões de toneladas, representando mais de 52% da produção total. As frutas seguiram com aproximadamente 6 milhões de toneladas, seguidas pelos cereais, com cerca de 3,2 milhões de toneladas. As culturas hortícolas representaram cerca de 2 milhões de toneladas, enquanto as culturas leguminosas e oleaginosas contribuíram com cerca de 622.000 toneladas.

Os cereais cobriram 53% da área total semeada do país, de 5,97 milhões de hectares, com o milho contribuindo com 97% para a produção dessa categoria, produzindo 1.185 kg por hectare. As culturas de raízes e tubérculos ocuparam cerca de 22% da área total semeada, sendo a mandioca a principal cultura nessa categoria.

O ministro da Agricultura e Florestas de Angola realizou nesta segunda-feira, em Luanda, capital de Angola, uma conferência de imprensa, anunciando que o contributo do setor agrícola para o produto interno bruto de Angola subiu para 6,29% em 2022, um aumento de 0,09 ponto percentual ante 2021.

O ministério disse que "se não alcançarmos um crescimento anual mínimo de 6%, conquistar a segurança alimentar será inviável", considerando a taxa média de crescimento populacional de Angola de 3,1% por ano.

De 2018 a 2022, Angola gastou um total de US$ 11,94 trilhões em importações de alimentos.

O ministério disse que a agricultura familiar é o principal modo de operação na agricultura angolana, representando 91,5% da área total semeada e 82,5% da produção total do país. Em média, cada família cultiva 2,17 hectares, utilizando principalmente métodos manuais, sem tração animal ou maquinário. Apenas uma pequena proporção dos cultivadores familiares utiliza fertilizantes e pesticidas.