A onda de calor extremo que afeta a maior parte do Brasil esta semana provocou nesta terça-feira um novo recorde histórico pelo segundo dia consecutivo na demanda de consumo de energia no país, principal economia latino-americana, informou o Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS).
Por volta das 14h20 (horário local), a demanda de energia no Sistema Interligado Nacional (SIN) chegou a aproximadamente 101,5 GW (gigawatts). O novo recorde é 0,5% superior à marca registrada na segunda-feira.
O Brasil se encontra em alerta vermelho pelas altas temperaturas alcançadas nesta semana de novembro que marcam pelo menos 5 graus Celsius a mais que a média histórica para essa época do ano, a um ponto que foram registrados em zonas do Rio de Janeiro (sudeste), 58 graus de sensação térmica.
Em mais de 43 cidades foram registradas temperaturas superiores aos 40 graus. A onda de calor extremo no Brasil afeta a 116 milhões de pessoas em 2.707 cidades, segundo dados do Instituto Nacional de Meteorologia divulgados pelo jornal Folha de São Paulo.
Segundo o ONS, houve um aumento de 16,8% na demanda por energia desde os primeiros dias do mês de novembro, passando de 86,8 GW a 101,5 GW por causa do efeito do fenômeno El Niño, que deixou mais quente as águas do oceano Pacífico e reduziu a umidade em grande parte do país.
A principal demanda de energia do Brasil foi atendida pelas centrais hidrelétrica em 59,8%, as centrais térmicas em 11,5%, a eólica em 9,5%, a energia solar centralizada em fazendas com 8,4% e a energia solar residencial em 11,2%.