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Autoridade de energia atômica da China condena liberação de água contaminada por material nuclear pelo Japão

Fonte: Xinhua    25.08.2023 13h46

A liberação pelo Japão da água contaminada por um incidente nuclear de Fukushima no oceano comprometeu seriamente os direitos e interesses do ambiente marinho e prejudicou os interesses de segurança e desenvolvimento da indústria global de energia nuclear, disse a autoridade de energia atômica da China nesta quinta-feira.

A Autoridade de Energia Atômica da China (CAEA, em inglês) afirmou em um comunicado que a ação do governo japonês minou gravemente a autoridade e a credibilidade da Agência Internacional de Energia Atômica (IAEA, em inglês).

A avaliação da IAEA sobre o plano de descarte de água contaminada pela usina nuclear de Fukushima foi realizada mediante solicitação unilateral do Japão, que em sua natureza é de assistência técnica e avaliação consultiva, não tem efeito legal internacional e não pode dar ao Japão qualquer legitimidade ou justiça ao seu plano de descarte de água contaminada por material nuclear, ressaltou a agência.

O governo japonês tem usado arbitrariamente o relatório de avaliação abrangente divulgado pela IAEA no mês passado para alardear a segurança e a inocuidade da água poluída por material nuclear, o que é egoísta e irresponsável e demonstra desrespeito total aos interesses públicos internacionais, acrescentou a CAEA.

"A China se opõe firmemente e condena veementemente essa ação. O governo japonês deve interromper imediatamente essa medida equivocada", disse a CAEA.

O acidente nuclear de Fukushima, ocorrido há 12 anos, já liberou muitos materiais radioativos no mar. O Japão não deve prejudicar novamente as pessoas dos países vizinhos e até mesmo o mundo por causa de seus próprios interesses, destacou a declaração.

A CAEA disse que o Japão nunca deve descarregar a água contaminada por material nuclear no oceano sem fornecer evidências confiáveis sobre a legitimidade da decisão de descarregar água contaminada por material nuclear no mar, a confiabilidade dos dispositivos de purificação, a autenticidade dos dados de origem e o impacto ambiental, sem obter a compreensão das partes interessadas (incluindo os países vizinhos) e sem estabelecer monitoramento de longo prazo e acordos de supervisão presencial liderados pela IAEA e reconhecidos por todas as partes interessadas.

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