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Universíade de Chengdu: delegação brasileira está encantada e desfruta dos Jogos Mundiais Universitários de Chengdu

Fonte: Xinhua    31.07.2023 08h18

A delegação brasileira está encantada e desfrutando cada momento dos Jogos Mundiais Universitários de Chengdu, na China, segundo explicou à Xinhua o jornalista Wesley Felix, que segue presencialmente o evento e que teve a honra de poder desfilar com a delegação de seu país.

"Desfilei com a delegação brasileira, estou aqui como funcionário da Confederação Brasileira de Esportes Universitários, fazendo parte de uma 'press trip', o que me permite ter acesso a várias coisas que a imprensa normalmente não teria, como acesso ao comitê técnico durante os Jogos a eventos e coisas assim, como estar ao lado dos atletas durante a cerimônia de abertura", disse Felix.

"A cerimônia me pareceu maravilhosa. Tudo foi muito bem, Creio que os organizadores souberam aproveitar ao máximo os pandas que existem na região. Chengdu é conhecida como a capital dos pandas e acho que souberam mostrar isso muito bem na cerimônia para que fosse um grande acontecimento", destacou sobre a abertura.

Sobre os Jogos Mundiais Universitários, Felix comentou que "este é um evento um pouco diferente dos anteriores, porque está acontecendo depois de quatro anos, em vez de dois, devido à pandemia", comentou.

Nesta edição de Chengdu, o principal objetivo do Brasil "é ficar entre os 20 primeiros do quadro de medalhas, mas como não se tem muitos parâmetros, a Confederação estabeleceu uma mais flexível, porque não se pode estudar realmente os outros adversários, os outros atletas, porque este ano o limite de idade foi estendido. Em vez de só atletas entre 18 e 25 anos, agora participam atletas até 27 anos, devido principalmente ao adiamento provocado pela pandemia", relatou.

Wesley Felix ressaltou também outro aspecto dos Jogos Mundiais Universitários. Segundo ele, no esporte universitário esta competição é muito importante porque é uma experiência única na vida de muitos atletas, já que muitos deles certamente não se tornarão atletas de alto rendimento. Alguns estarão nos Jogos Olímpicos do ano que vem ou nos de 2028 e, inclusive na delegação atual, temos sete atletas que já competiram no Rio 2016 ou em Tóquio 2021, mas em geral os Jogos Mundiais Universitários são os mais importantes para esses atletas, que não chegarão a ser de elite", acrescentou.

Segundo ele, o que se trabalha nos Jogos Mundiais Universitários é o esporte combinado com a educação, o esporte unido à universidade. Muitos dos atletas que estão aqui hoje serão dentistas, médicos, jornalistas e outros profissionais no futuro, e toda essa experiência, toda essa bagagem que acumulam aqui, sem dúvida, será aproveitada de alguma forma em sua futura carreira", ressaltou.

Outro aspecto importante dos Jogos Mundiais Universitários é o intercâmbio cultural que ocorre entre todos os participantes, o que para os brasileiros "sempre é ainda mais especial porque muitas vezes alguns esportes estão concentrados em determinadas zonas e regiões, como o caso da esgrima, que está muito concentrada na Europa, e aqui há uma oportunidade para que atletas da África ou da América do Sul possam competir contra atletas de sua idade em uma situação idêntica à deles, no que se refere à vida acadêmica, isto é muito importante".

"Acredito que ter um intercâmbio ajuda muito no desenvolvimento do esporte e obviamente na promoção das modalidades em todo o mundo", destacou.

Uma das características dos Jogos Mundiais Universitários de Chengdu é o meio ambiente, com novas tecnologias e instalações de baixa emissão de carbono, algo que Wesley Felix pôde comprovar pessoalmente.

"Tenho caminhado muito pela cidade, desde a vila dos atletas, onde estou alojado, até as sedes das competições e dos treinamentos e, pelo que vi, todos os carros, ou uma grande maioria, são elétricos. Podemos observar que há muito poucos ruídos de motor, e isso é muito importante. Não tenho muitos conhecimentos sobre o tema, mas tenho ouvido muito que os carros elétricos ajudam a reduzir a poluição atmosférica", comentou.

Segundo ele, "certamente, aqui faz muito calor. As pessoas dizem que faz muito calor devido aos buracos na camada de ozônio. Talvez, tentar consertar isso para o futuro, para ajudar inclusive a melhorar esses problemas de temperatura, poderia ser importante. Todos os ônibus também parecem ser elétricos, o que é muito bom", ressaltou.

O jornalista brasileiro também se mostrou agradavelmente surpreso com a cidade de Chengdu. "A única coisa que eu sabia sobre Chengdu era que a cidade é a capital dos pandas. É uma das maiores metrópoles da China, mas não tinha me dado conta do quão grande. É realmente uma cidade gigantesca e é realmente a cidade dos pandas. A gente vê pandas por todas as partes, em todos os lados", comentou.

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