O primeiro-ministro chinês, Li Qiang, reuniu-se nesta segunda-feira, em Tianjin, com a diretora-geral da Organização Mundial do Comércio (OMC), Ngozi Okonjo-Iweala.
Observando que o multilateralismo, a solidariedade e a cooperação são escolhas inevitáveis para enfrentar os desafios globais, Li destacou que a chamada "redução da dependência" e "desarriscar", como propostos por alguns países, são essencialmente politizar e ideologizar questões econômicas e comerciais, o que viola os princípios básicos de livre comércio e não discriminação defendidos pela OMC e mina a autoridade e a eficácia do sistema de comércio multilateral.
Tais atos também contrariam as leis econômicas, interrompem a segurança e a estabilidade das cadeias industriais e de suprimentos globais e, em última análise, atrapalham o processo de recuperação econômica global, acrescentou.
Como o maior membro em desenvolvimento da OMC, a China sempre defendeu o sistema de comércio multilateral com a OMC em seu núcleo e sempre cumpriu seus compromissos com a OMC nos últimos 20 anos, lembrou Li, acrescentando que seu país traz benefícios para o mundo enquanto busca seu próprio desenvolvimento.
"A China está pronta para trabalhar com todas as partes para apoiar o multilateralismo e o livre comércio, opor-se ao unilateralismo e ao protecionismo, melhorar a liberalização e a facilitação do comércio e do investimento, promover a recuperação econômica mundial e responder melhor aos desafios globais", disse o premiê.
Ele garantiu que a China apoia a reforma necessária da OMC. Como o maior país em desenvolvimento do mundo e um grande país responsável, a China assumirá suas responsabilidades e obrigações proporcionais ao seu nível de desenvolvimento econômico e a suas capacidades, e salvaguardará os direitos e interesses legítimos dos países em desenvolvimento, ressaltou.
Okonjo-Iweala enfatizou que, desde a adesão à OMC, a China continuou a promover a abertura, apoiou o sistema de comércio multilateral e fez conquistas notáveis no desenvolvimento.
A OMC aprecia as importantes contribuições da China para o sucesso da 12ª conferência ministerial da OMC e espera construir uma forte parceria com ela, fazer novas contribuições para promover a reforma da OMC e salvaguardar o sistema de comércio multilateral, afirmou Okonjo-Iweala.
