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Desmatamento na Amazônia cai 36% nos primeiros quatro meses de 2023

Fonte: Xinhua    19.05.2023 13h49
Desmatamento na Amazônia cai 36% nos primeiros quatro meses de 2023

O desmatamento na Amazônia brasileira caiu 36% nos primeiros quatro meses de 2023 em comparação ao mesmo período do ano passado, com um total de 1.203 km² de floresta perdidos, informou o Instituto do Homem e Meio Ambiente da Amazônia (Imazon).

Apesar da redução de quase um terço em comparação ao último período, a área devastada nos primeiros quatro meses deste ano representa o terceiro pior resultado nos esforços para preservar o bioma desde 2008.

Considerando apenas os últimos 16 anos, a área degradada em cada primeiro quadrimestre do ano só foi maior em 2022 e em 2021, quando o desmatamento aumentou significativamente, alcançando 1.963 km².

A partir da análise das imagens de monitoramento, o Imazon concluiu que, em abril deste ano, a queda do desmatamento atingiu 72%, passando de 1.197 km² em abril de 2022 a 336 km² no mesmo mês deste ano.

"A redução observada em abril é positiva, embora a área devastada tenha sido a quarta maior para o mês desde 2008", destacou o instituto.

"Isso indica que necessitamos implementar ações de aplicação de emergência, identificação e punição dos desmatadores ilegais nos territórios mais pressionados, concentrando nas florestas públicas, que ainda não têm um uso definido e áreas protegidas, especialmente com a chegada do verão amazônico, onde, historicamente, o desmatamento tende a aumentar", afirmou o comunicado do Imazon.

Embora o desmatamento na Amazônia em seu conjunto tenha sido menor nos quatro primeiros meses deste ano, nos estados de Roraima e Tocantins houve um aumento da superfície degradada.

A "situação mais crítica", segundo o instituto, ocorreu em Roraima, onde a devastação aumentou em 73%, passando de 63 km² de janeiro a abril de 2022 a 107 km² nos quatro primeiros meses deste ano.

Em Tocantins, o desmatamento aumentou 25%, de 4 km² de janeiro a abril de 2022 a 5 km² no mesmo período deste ano.

Por sua vez, mesmo com uma queda no desmatamento no último período, Mato Grosso, Amazonas e Pará continuam sendo os estados com as maiores áreas derrubadas na Amazônia.

De janeiro a abril deste ano, Mato Grosso devastou 400 km² de floresta, Amazonas 272 km² e Pará 258 km², o que representa 33%, 23% e 21% do total da região, respectivamente. Esses dados significam que, juntos, esses estados foram responsáveis por 77% de floresta destruída nos primeiros quatro meses de 2023.

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