Governo do Brasil anuncia secretário da Fazenda para diretor de Política Monetária do Banco Central

Fonte: Xinhua    09.05.2023 13h22

O ministro da Fazenda do Brasil, Fernando Haddad, anunciou nesta segunda-feira que seu atual secretário executivo, Gabriel Galípolo, foi escolhido para a vaga de diretor de Política Monetária na atual administração do Banco Central.

Para a outra vaga, de diretor de Fiscalização, o governo indicou o funcionário de carreira do Ministério da Fazenda, Ailton Aquino dos Santos.

As duas vagas no Comitê de Política Monetária (Copom) do BC foram abertas devido ao término dos mandatos de seus atuais ocupantes, que venceram em 28 de fevereiro passado.

O Copom define a taxa básica de juros Selic da economia brasileira e é integrado por oito diretores, mais o presidente do Banco Central.

Segundo o ministro, a indicação visa "entrosar as equipes do BC e da Fazenda".

"A primeira vez que ouvi o nome dele para o Banco Central partiu de Roberto Campos Neto, presidente da autarquia. Eu estava no G20, na Índia, e fomos almoçar juntos. Foi a primeira pessoa que mencionou a possibilidade de Galípolo ir para o Banco Central, no sentido de entrosar as equipes do BC e da Fazenda", relatou Haddad.

O ministro disse ainda que Galípolo terá autonomia para cumprir as missões do Banco Central, igual aos demais membros do Copom, mas com a disposição de "harmonizar a política fiscal e monetária", com o propósito de "crescer com baixa inflação e justiça social".

"Sempre fui um crítico da separação da política fiscal e monetária. Esta medida (a indicação de Galípolo) fortalecerá ainda mais a aproximação (entre Fazenda e Banco Central) nessa direção de buscar a convergência plena da política econômica para oferecer ao país as condições de crescer com baixa inflação", ressaltou Haddad.

Os nomes anunciados por Haddad deverão ser enviados pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva ao Senado Federal, que realizará uma audiência com os indicados e decidirá se aprova ou não as indicações.

Se for aprovado, Galípolo participará das discussões sobre a definição da taxa de juros básica do país, principal ponto de tensão entre a autoridade monetária e o governo Lula da Silva, que considera a atual taxa, de 13,75% ao ano, excessivamente alta, inibindo o crescimento econômico.

(Web editor: Beatriz Zhang, Renato Lu)

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