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Manter a ordem internacional do pós-guerra é dever solene da China, diz chanceler

Fonte: Xinhua    23.04.2023 08h35

A China considera seu dever solene defender a autoridade da ONU e defender a ordem internacional do pós-guerra, disse nesta sexta-feira o conselheiro de Estado e ministro das Relações Exteriores do país, Qin Gang.

Qin fez as observações em um discurso na cerimônia de abertura do Fórum Lanting sobre a Modernização Chinesa e o Mundo, em Shanghai.

Recentemente, houve uma retórica absurda acusando a China de desafiar a chamada ordem internacional baseada em regras, de mudar unilateralmente o status quo no Estreito de Taiwan por meio de força ou coerção e de interromper a paz e a estabilidade no Estreito, apontou o oficial.

"Tais alegações vão contra o senso comum básico sobre relações internacionais e justiça histórica. A lógica é absurda e as consequências são perigosas", comentou Qin.

Tendo sofrido uma das baixas mais pesadas na aliança antifascista mundial durante a Segunda Guerra Mundial, e como membro fundador da ONU e o primeiro país a assinar a Carta da ONU, a China vê como seu dever solene defender a autoridade da entidade e defender a ordem internacional do pós-guerra, assinalou Qin.

"Temos o melhor histórico em cumprir os propósitos e princípios da Carta da ONU, o direito internacional e as normas básicas das relações internacionais. Não precisamos de lembretes de certos países ou grupos de países", acrescentou.

Pessoas justas podem ver muito bem quem está explorando e descartando a ONU por sua própria vontade, quem está perturbando a ordem internacional e quem está envolvido em práticas hegemônicas, intimidadoras e arbitrárias, frisou.

Taiwan é uma parte inalienável do território da China desde os tempos antigos, e ambos os lados do Estreito pertencem a uma e a mesma China. Esta é a história de Taiwan e também é o status quo de Taiwan, explicou o chanceler.

O retorno de Taiwan à China é um componente da ordem internacional do pós-guerra, escrita preto no branco na Declaração do Cairo e na Proclamação de Potsdam, lembrou ele.

Não é o continente chinês, mas as forças separatistas que querem a "independência de Taiwan" e um punhado de países que tentam tirar vantagem da situação, que estão interrompendo as regras internacionais, mudando unilateralmente o status quo e minando a estabilidade no Estreito, continuou.

Sua definição de regras, status quo e estabilidade visa, de fato, esvaziar o princípio de Uma Só China, alcançar a "divisão pacífica" da China e, finalmente, adulterar a história da Segunda Guerra Mundial, subverter a ordem do pós-guerra e atropelar a soberania da China, assinalou.

"Isso é inaceitável para 1,4 bilhão de chineses. A China não perderá nenhuma parte de seu território que foi restaurado. E a ordem internacional estabelecida no pós-guerra não será derrubada", alertou ele.

Qin enfatizou que é certo e apropriado que a China defenda sua soberania e integridade territorial.

"Gostaríamos de deixar claro para aqueles que buscam sabotar a justiça internacional em nome da ordem internacional: a questão de Taiwan é o núcleo para os interesses essenciais da China e não haverá nenhuma imprecisão em nossa resposta a qualquer um que tente distorcer o princípio de Uma Só China; nunca recuaremos diante de qualquer ato que prejudique a soberania e a segurança da China. Aqueles que brincam com fogo em Taiwan acabarão se queimando", avisou ele.

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