Recessão econômica global é provável em 2023, diz pesquisa do FEM

Fonte: Xinhua    17.01.2023 10h55

Dois terços dos economistas-chefe dos setores privado e público esperam uma recessão global em 2023, de acordo com uma pesquisa divulgada nesta segunda-feira no Fórum Econômico Mundial (FEM), realizado todos os anos na Suíça.

Os economistas entrevistados antecipam mais aperto monetário nos Estados Unidos e na Europa este ano e esperam que as tensões geopolíticas continuem a moldar a economia global.

Cerca de 18% dos entrevistados, mais do que o dobro do número da pesquisa anterior, em setembro de 2022, consideraram uma recessão mundial "extremamente provável". Apenas um terço deles viu isso como improvável este ano.

A pesquisa do FEM, "Perspectivas de Economistas-Chefe", foi baseada em 22 respostas de um grupo de economistas seniores provenientes de agências internacionais, incluindo o Fundo Monetário Internacional (FMI), bancos de investimento, multinacionais e grupos de resseguros.

De acordo com uma declaração do FEM sobre a pesquisa, houve um forte consenso de que as perspectivas de crescimento em 2023 são sombrias, especialmente na Europa e nos Estados Unidos. Todos os economistas-chefe entrevistados esperam um crescimento fraco ou muito fraco em 2023 na Europa, enquanto 91% esperam um crescimento fraco ou muito fraco nos Estados Unidos.

Isso marca uma deterioração desde a última declaração, quando os números correspondentes foram de 86% para a Europa e de 64% para os Estados Unidos.

"O atual ambiente com alta inflação, baixo crescimento, alta dívida e alta fragmentação reduzem os incentivos para os investimentos necessários para voltar ao crescimento e elevar os padrões de vida dos mais vulneráveis do mundo", disse a diretora-gerente do FEM, Saadia Zahidi, no comunicado.

"Os líderes devem olhar além das crises de hoje para investir em inovação alimentar e energética, educação e desenvolvimento de habilidades e para mercados de alto potencial e criadores de empregos do amanhã. Não há tempo a perder", acrescentou.

Nove em cada 10 entrevistados esperam que tanto a demanda fraca quanto os altos custos de empréstimos pesem sobre as empresas, com mais de 60% também apontando para custos mais altos de insumos. Espera-se que esses desafios levem as empresas multinacionais a cortar custos, com muitos economistas-chefe esperando que as empresas reduzam as despesas operacionais.

(Web editor: Beatriz Zhang, 符园园)

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