A China pode ultrapassar os Estados Unidos e se tornar o maior mercado mundial para a fabricante britânica de automóveis de luxo Rolls-Royce, disse o CEO da montadora à Xinhua em uma entrevista exclusiva.

Torsten Müller-Ötvös exaltou o potencial da montadora ao apresentar o desempenho de vendas em 2022.

No ano passado, a Rolls-Royce Motor Cars vendeu 6.021 carros de luxo para clientes em cerca de 50 países, um recorde em seus 118 anos de história; 35% das vendas foram realizadas nos Estados Unidos; 25%, na China (1.500 veículos); 20%, na Europa; e 10%, no Oriente Médio.

Chamando os números de vendas de 2022 de "um recorde fabuloso", Müller-Ötvös disse que a marca está bem posicionada e obteve resultados impressionantes em basicamente todos os mercados do mundo. Olhando para 2023 e além, o CEO disse que está "cautelosamente otimista".

"É justo mencionar que na China fizemos o segundo melhor ano da nossa história", disse Müller-Ötvös. "Estou muito orgulhoso do que alcançamos na China este ano."

Sobre o futuro, Müller-Ötvös disse que a montadora está fortemente engajada na China e que não ficaria surpreendido se um dia as vendas na China ultrapassar as dos Estados Unidos.

Por acreditar realmente no mercado chinês e em seu potencial, a montadora de carros de luxo abrirá três novas concessionárias na China e abrirá seu segundo escritório privado fora do Reino Unido na China em 2023, disse ele.

"Ainda não exploramos (o mercado chinês) completamente", disse ele.

No ano passado, a Rolls-Royce lançou o Spectre, o primeiro carro de luxo totalmente elétrico de ponta do mundo. Suas vendas globais já estão superando as expectativas bem, segundo Müller-Ötvös. A Rolls-Royce planeja se tornar totalmente elétrica até 2030.

Müller-Ötvös disse que o mercado chinês reagiu ao Spectre de forma muito positiva. As encomendas superaram as expectativas da empresa, provando que os clientes na China aceitam e entendem que o futuro pertence aos carros elétricos.

"Estou ansioso para receber nossos clientes chineses aqui em Goodwood", disse Müller-Ötvös.