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Vice-presidente chinês participa da cerimônia de posse do novo presidente brasileiro

Fonte: Diário do Povo Online    04.01.2023 10h45

A convite do governo brasileiro, o representante especial do presidente chinês, Xi Jinping, o vice-presidente, Wang Qishan, participou da cerimônia de posse do novo presidente do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva, e se reuniu com ele em Brasília, a capital do Brasil.

Durante sua estadia no Brasil de sábado a segunda-feira, Wang também se reuniu respectivamente com o vice-presidente eleito, Geraldo Alckmin, e com o vice-presidente incumbido, Hamilton Mourão.

Em sua reunião com Lula, Wang entregou uma carta assinada por Xi e transmitiu as calorosas felicitações e os melhores desejos de Xi a Lula, assim como seu convite para que Lula visite a China.

O presidente Lula é um velho amigo do povo chinês, que há muito cuida e apoia o desenvolvimento das relações China-Brasil, disse Wang.

Observando que tanto a China quanto o Brasilconcluíram recentemente importantes agendas políticas internas, Wang assinalou que o 20º Congresso Nacional do Partido Comunista da China (PCCh) foi realizado com sucesso, elegendo uma nova liderança central com o camarada Xi Jinping no centro e mapeando planos estratégicos para o desenvolvimento de diversos empreendimentos para o Partido e o país no próximo período, acrescentando que o Brasil também elegeu um novo governo.

Wang disse acreditar que em suas respectivas novas jornadas, ambos os países e seus povos, e tanto o PCCh quanto o Partido dos Trabalhadores (PT) do Brasil, continuarão fortalecendo a solidariedade e a coordenação e criarão juntos um futuro ainda melhor para as relações China-Brasil.

Wang apresentou uma proposta de quatro pontos sobre o futuro desenvolvimento das relações China-Brasil. Primeiro, pediu o fortalecimento do desenho de alto nível de ambas as partes e a promoção ativa dos intercâmbios bilaterais nas áreas diplomática, parlamentar, judicial, militar e local, entre outras.

O segundo ponto, disse Wang, é consolidar e expandir a cooperação prática em economia e comércio, e em particular explorar ativamente a cooperação em indústrias emergentes como inovação em ciência e tecnologia, economia digital e economia verde.

Terceiro, Wang sugeriu que as duas partes aprofundem a coordenação estratégica multilateral, defendam conjuntamente o verdadeiro multilateralismo e fortaleçam a coordenação sobre a mudança climática e outras questões.

O quarto ponto é fortalecer a cooperação geral entre a China e a América Latina, indicou Wang, sublinhando que a China está disposta a fortalecer a comunicação com a parte brasileira sobre a realização do Fórum China-Comunidade de Estados Latino-Americanos e Caribenhos, e o aprofundamento das relações com organizações regionais como o Mercado Comum do Sul e a União de Nações Sul-Americanas.

Por sua parte, Lula pediu que Wang transmita seu sincero agradecimento e cordiais saudações a Xi, e deu as cálidas boas-vindas a Wang pela participação da cerimônia de sua posse.

O Brasil dá grande importância a suas relações com a China e espera fortalecer a cooperação estratégica e de longo prazo com o país, disse Lula, acrescentando que o PT, ao qual pertence, também está disposto a reforçar os intercâmbios interpartidários com o PCCh.

O Brasil e a China, como dois países com influência importante, devem desempenhar papéis ativos na promoção do progresso comum dos países em desenvolvimento, disse Lula, acrescentando que espera liderar uma delegação à China para aprofundar mais a cooperação prática bilateral em diversas áreas, fortalecer a amizade entre os povos dos dois países e elevar as relações bilaterais a um novo nível.

Quando se reuniu com Alckmin, Wang o felicitou por sua eleição e disse que a China e o Brasil são os maiores países em desenvolvimento nos hemisférios oriental e ocidental, respectivamente.

Durante muito tempo, a cooperação prática sempre funcionou como "estabilizadora" e "propulsora" na relação entre os dois países, acrescentou Wang.

A Comissão Sino-Brasileira de Alto Nível de Concertação e Cooperação (COSBAN), o mecanismo de diálogo e cooperação de nível mais alto entre os dois governos, desempenhou um papel insubstituível no aprofundamento das relações bilaterais, assim como no planejamento e orientação da cooperação em diversos âmbitos entre os dois países, assinalou Wang.

Wang indicou que espera que Alckmin encabece a equipe brasileira da COSBAN para fortalecer o alinhamento com a China, a fim de injetar novo ímpeto no desenvolvimento profundo das relações bilaterais na nova era.

Destacando que a amizade entre o Brasil e a China é atemporal, Alckmin disse que as duas partes desfrutam de áreas extensas de cooperação, de uma forte complementaridade em economia e comércio e de amplas perspectivas para o desenvolvimento.

A parte brasileira está disposta a continuar fazendo bom uso do mecanismo COSBAN, a reforçar mais a comunicação com a parte chinesa, a aproveitar as oportunidades e a explorar os potenciais para elevar seu nível de cooperação, acrescentou Alckmin.

Ao se reunir com Mourão, Wang indicou que o povo chinês valoriza a amizade e que nunca esquecerá seus velhos amigos.

A China aprecia extremamente as contribuições importantes de Mourão para promover o desenvolvimento sustentado e saudável das relações bilaterais, assinalou Wang, manifestando a esperança de que Mourão possa cuidar e promover como sempre o desenvolvimento das relações entre a China e o Brasil.

Ao mencionar que as relações entre o Brasil e a China obtiveram um progresso destacado nos anos recentes, Mourão expressou sua convicção de que as relações bilaterais serão uma prioridade para o novo governo do Brasil e que ele está disposto a continuar fazendo contribuições à cooperação amistosa entre o Brasil e a China.

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