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Bolsonaro viaja aos EUA e não passará a faixa presidencial a Lula

Fonte: Xinhua    31.12.2022 17h36

O presidente do Brasil, Jair Bolsonaro, embarcou na sexta-feira na Base Aérea de Brasília rumo a Miami, nos Estados Unidos, dois dias antes da posse de seu sucessor, Luiz Inácio Lula da Silva.

A viagem confirma o que Bolsonaro já tinha antecipado de que não passaria a faixa presidencial a seu adversário político.

O avião presidencial partiu depois das 14 horas (17 GNT) com o presidente. A partida foi confirmada pelo vice-presidente Hamilton Mourão, que confirmou ter assumido a presidência quando o avião deixou o espaço aéreo brasileiro.

Com a negativa de Bolsonaro, o responsável pela entrega da faixa seria Mourão, eleito senador pelo Rio Grande do Sul, mas ele já descartou a possibilidade de cumprir o rito.

Antes da viagem do atual presidente, foi publicado um decreto no Diário Oficial que autorizou a ida de cinco assessores para acompanhá-lo por um período de 30 dias. A Constituição brasileira determina que todo ex-presidente, ao terminar o mandato, tem direito a utilizar os serviços de até 8 funcionários com fundos próprios da Presidência.

Antes de abandonar o país, Bolsonaro fez uma 'live' de cerca de uma hora para seus seguidores, na qual condenou a tentativa de ato terrorista perto do aeroporto Internacional em Brasília no último sábado, mas criticou a imprensa por definir o autor identificado como George Washington de Souza, como "bolsonarista".

O presidente disse também que não queria se envolver nos atos que pedem intervenção militar na frente dos quartéis, aos quais qualificou de pacíficos.

Segundo ele, os atos foram espontâneos, continuarão no futuro e afirmou que os manifestantes estão em busca de "liberdade e democracia".

Em depoimento à polícia após ser preso, Souza confessou que o ato terrorista tinha sido idealizado no acampamento de bolsonaristas que ocupa a frente do quartel general do Exército em Brasília.

Ainda durante a 'live', Bolsonaro afirmou que havia feito todo o possível para reeleger-se, criticou os ministros nomeados por Lula e se disse perseguido pela imprensa e pelo Poder Judicial ao longo dos seus quatro anos de mandato.

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