O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF) do Brasil, proibiu na quarta-feira temporariamente as autorizações de porte e transporte de armas de fogo e munições em todo o território do Distrito Federal e visa aumentar a segurança para a cerimônia de posse do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva que acontece em 1º de janeiro.
A medida atende a pedido da equipe de transição do governo eleito apresentado pelo delegado Andrei Passos Rodrigues, que assumirá a direção da Polícia Federal.
A restrição, iniciada às 18 horas desta quarta-feira valerá até segunda-feira, 2 de janeiro e atinge colecionadores, atiradores e caçadores.
De acordo com a decisão de Moraes, quem desrespeitar a determinação nesse período deverá ser autuado em flagrante por porte ilegal de arma.
A suspensão temporária não se aplica aos membros das Forças Armadas, forças de segurança e agentes de empresas de segurança privada.
A decisão ocorre quatro dias depois do apoiador do presidente Jair Bolsonaro, George Washington de Oliveira Sousa, de 54 anos, ser autuado em flagrante por terrorismo. No apartamento onde Sousa foi encontrado pela polícia foi apreendido um arsenal com armas de grosso calibre e artefatos explosivos.
Sousa confessou ter montado um artefato explosivo que foi instalado em um caminhão de combustível, perto do Aeroporto de Brasília, no sábado, com o objetivo de criar um tumulto.
Segundo ele, o ato foi planejado por apoiadores de Bolsonaro que estão acampados em frente ao Quartel-General do Exército, em Brasília, para pedir intervenção do Exército visando impedir a posse de Lula.