O chefe da Organização Mundial da Saúde (OMS) disse na quarta-feira (14) que a Covid-19 não deverá ser mais uma emergência de saúde global no próximo ano.
Dirigindo-se a uma coletiva de imprensa em Genebra, o diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus, disse que o Comitê de Emergência da Covid-19 da OMS discutirá no próximo mês os critérios para declarar o fim da emergência da Covid-19.
"Esperamos que, em algum momento do próximo ano, possamos dizer que a Covid-19 não é mais uma emergência de saúde global", afirmou ele.
Ele acrescentou, no entanto, que o vírus SARS-CoV-2, o culpado por trás da pandemia da Covid-19, não desaparecerá.
"Ele veio para ficar e todos os países precisarão aprender a administrá-lo junto com outras doenças respiratórias, incluindo influenza e RSV (Vírus Sincicial Respiratório), ambos circulando intensamente em muitos países", ponderou ele.
O chefe da OMS disse que uma das lições mais importantes da pandemia é que todos os países precisam fortalecer seus sistemas de saúde pública para se preparar, prevenir, detectar e responder rapidamente a surtos, epidemias e pandemias.
Outra lição importante é a necessidade de cooperação muito mais forte em colaboração, em vez de competição e confusão que marcaram a resposta global à Covid-19.
Enquanto isso, Maria Van Kerkhove, líder técnica do Programa de Emergências em Saúde da OMS, alertou que as ondas de infecção e reinfecção continuariam em todo o mundo, já que o número de novas mortes semanais relatadas pelos países ainda oscila entre 8.000 e 10.000.
Mike Ryan, diretor executivo do Programa de Emergências de Saúde da OMS, alertou que o mundo ainda não sabe como o vírus SARS-CoV-2 evoluirá no futuro, e tais incertezas aumentam os riscos.
Antes que o chefe da OMS encerre a emergência da Covid-19, será necessário encontrar um equilíbrio entre o vírus – incluindo seu impacto e imprevisibilidade – definir “se lidamos ou não com as vulnerabilidades e os problemas de resiliência em nossos sistemas de saúde”, disse Ryan.