O ex-presidente brasileiro Luiz Inácio Lula da Silva garantiu nesta terça-feira que, se vencer a eleição no segundo turno no próximo domingo, não disputará a reeleição.
"Se for eleito, serei um presidente de apenas um mandato. Os líderes se fazem trabalhando, em seu compromisso com a população", afirmou Lula em entrevista a uma rádio.
O líder do Partido dos Trabalhadores (PT), que completará 77 anos em 27 de outubro, já tinha dito em outras ocasiões que não pretendia aspirar a um novo segundo mandato.
Presidente do Brasil entre 2003 e 2010, tendo terminado o período com 87% de aprovação, Lula foi o mais votado no primeiro turno da eleição, com 48,4% dos votos contra 43,2% de Jair Bolsonaro e segundo as pesquisas deve vencer no segundo turno daqui a 5 dias.
"Voltarei para governar o país. E as pessoas que votarem em mim, votarão com a expectativa de que eu faça um governo melhor do que já fiz. Melhorar a vida das pessoas. Voltaremos a fazer com que o país funcione. Não quero perder tempo com coisas menores", enfatizou.
Além de assegurar que não tentará se reeleger, Lula tem destacado que fará um governo amplo, o que reforçou em um evento realizado na noite de segunda-feira na Pontifícia Universidade Católica (PUC) de São Paulo, que contou com a presença de representantes de todas as correntes, entre elas as de centro e centro direita, que declararam voto nele em defesa da democracia.
"Nosso governo não será um governo do PT. É importante, Gleisi (Hoffmann), você que é presidente (do partido), saiba: nós precisamos fazer um governo além do PT. Não faremos um governo do PT, faremos um governo do povo brasileiro", afirmou.
Entre os que declararam voto a Lula então os candidatos derrotados no primeiro turno Simone Tebet (MDB), Ciro Gomes (PDT), João Amoêdo, os ex-presidentes Fernando Henrique Cardoso e José Sarney.