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Campanhas de Lula e Bolsonaro somam apoios para o segundo turno da eleição presidencial brasileira

Fonte: Xinhua    06.10.2022 09h46

Dois dias após as eleições gerais brasileiras que determinaram a realização de segundo turno entre o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, do Partido dos Trabalhadores (PT), e o atual mandatário, Jair Bolsonaro, do Partido Liberal (PL), as forças políticas do país já estão a pleno vapor para alinhar apoios para a disputa final.

Nesta terça-feira, o Partido Democrático Trabalhista (PDT), do candidato Ciro Gomes, que terminou o primeiro turno em quarto lugar, anunciou o apoio da agremiação a Lula no segundo turno.

Em declarações à imprensa após uma reunião em Brasília com toda a Executiva Nacional e que incluiu a presença de Ciro, o presidente do PDT, Carlos Luppi, afirmou que "a decisão foi unânime, sem nenhum voto contrário".

"Falo em nome do partido. Ele (Ciro) participou da reunião e disse que apoia plenamente a decisão do partido, Ciro não viajará, ficará aqui no Brasil", acrescentou.

Ministro da Integração no primeiro mandato de Lula (2002-2006), Ciro Gomes viajou para Paris antes do segundo turno das eleições de 2018, quando ficou em terceiro lugar e não apoiou o candidato do PT, Fernando Haddad (Lula estava preso na ocasião), que acabou perdendo para Bolsonaro.

Nesta terça-feira, também, o Partido Cidadania declarou apoio a Lula, confirmando a decisão pessoal de seu presidente, Roberto Freire, anunciada na segunda-feira.

O Partido dos Trabalhadores espera para as próximas horas o anúncio do apoio de Simone Tebet, do Movimento Democrático Brasileiro (MDB), que ficou em terceiro lugar, com quase 5 milhões de votos.

A lista de apoio à candidatura do ex-presidente Lula no 2º turno ganhou também os nomes do senador José Serra, do Partido Social da Democracia Brasileira (PSDB), e adversário do petista nas eleições presidenciais de 2002, e do economista Armínio Fraga, presidente do Banco Central (BC) durante o governo de Fernando Henrique Cardoso (1994-2002).

Bolsonaro, por sua vez, recebeu o apoio dos governadores reeleitos de Minas Gerais, Romeu Zema, do Partido Novo, e do Rio de Janeiro, Claudio Castro, que é do PL de Bolsonaro, dois dos principais colégios eleitorais do país.

Além disso, recebeu ainda o apoio do governador de São Paulo, Rodrigo Garcia, do PSDB, que não chegou ao segundo turno da disputa pelo estado. Sua posição, porém, não é a do PSDB, que liberou seus filiados para votar em quem quiser, sendo que várias figuras tradicionais do partido já se pronunciaram em favor de Lula.

São Paulo é o estado mais rico e populoso do Brasil, e a disputa pelo governo no segundo turno se dará entre o ex-ministro de Bolsonaro Tarcísio Freitas (PL) e Fernando Haddad, do PT.

Lula recebeu 57,2 milhões de votos (48,43%) e Bolsonaro, 51,07 milhões de votos (43,20%) no primeiro turno.

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