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China continua a avançar nos trabalhos de redução de emissões de carbono

Fonte: Diário do Povo Online    30.09.2022 10h26

Lu Yanan, Diário do Povo

A sala de espera da Estação ferroviária de Hangzhou Oeste. Ding Junhao, Diário do Povo Online

Recentemente, a Estação Ferroviária Hangzhou Oeste, em Zhejiang, foi aberta ao público. No telhado da estação estão instalados painéis de geração de energia fotovoltaica de 15.000 metros quadrados. A geração anual de energia verde deverá atingir os 2,31 milhões de kwh, o que pode permitir uma redução das emissões de dióxido de carbono em mais de 2.300 toneladas por ano. O design das clarabóias cruzadas permite a entrada de luz natural na sala de espera. O interior adota um sistema de iluminação inteligente, que pode ajustar automaticamente a intensidade da luz, de acordo com o fluxo de passageiros e o estado do tempo. O teto da estação está também "revestido " com uma camada de refrigeração, por forma a refletir o calor do telhado e reduzir o consumo energético.

 "O conceito baixas emissões de carbono percorre todo o ciclo de construção da estação. A Estação Hangzhou Oeste obteve a certificação nacional de três estrelas de construção verde - o nível mais alto nos padrões de avaliação de construção verde da China", afirmou com orgulho Du Liqiang, vice-diretor da estação.

   Em setembro de 2020, no debate geral da 75ª Assembleia Geral das Nações Unidas, a China anunciou ao mundo que aumentará sua contribuição, adotará políticas e medidas mais contundentes, se esforçará para atingir o pico das emissões de dióxido de carbono antes de 2030 e alcançar a neutralidade de carbono até 2060. "Nos últimos dois anos, várias regiões e departamentos relevantes avançaram com os trabalhos de redução dupla de carbono", afirmou Liu Dechun, diretor do Departamento de Conservação de Recursos e Proteção Ambiental do Desenvolvimento Nacional e Comissão de Reforma, aos repórteres.

A transição da energia verde e de baixo carbono alcançou resultados notáveis. Em 2021, o carvão foi substituído na produção de 240 milhões de quilowatts de energia, sendo que a previsão para 2022 é de 220 milhões de quilowatts. A China planeja construir 450 milhões de quilowatts de bases fotovoltaicas de energia eólica em larga escala em desertos. Desde 2020, a capacidade de geração de energia eólica e solar recém-instalada na China ultrapassou os 100 milhões de quilowatts por dois anos consecutivos, e a capacidade hidrelétrica instalada aumentou cerca de 20 milhões de quilowatts. Em 2021, a geração de energia renovável da China ultrapassou pela primeira vez a marca de 1 trilhão de quilowatts-hora.

A proporção de edifícios sustentáveis é cada vez maior. A China acelerou a transformação dos modelos urbanos e rurais de construção, operação e gestão, promoveu ativamente a construção de edifícios verdes e a reconversão de edifícios existentes. Até o final de 2020, a área de renovação de edifícios residenciais existentes em cidades e vilas em todo o país ultrapassou 1,5 bilhão de metros quadrados. Em 2021, a área de construção verde representou 84% dos novos edifícios em cidades e vilas naquele ano, contribuindo para a realização gradual da "dupla meta de carbono".

 Os transportes com baixas emissões tornaram-se populares. A China acelerou a construção de um sistema de transportes de baixo carbono e continuou a aumentar a promoção e aplicação de veículos movidos a energias renováveis. Em 2021, a produção e venda dos veículos a energias renováveis ultrapassaram ambos o patamar de 3,5 milhões, ocupando o primeiro lugar do ranking mundial por 7 anos consecutivos. A China ainda acelerou a transformação verde do entregas expressas em 2021, através do registro digital e utilização de embalagens recicláveis, com cerca de 6,3 milhões de pacotes recicláveis.

A modernização industrial melhorou também a sua eficiência energética. A China emitiu diretrizes para a implementação da transformação e modernização industrial, promovendo a redução de carbono de indústrias tradicionais, como ferro, aço, petroquímicos e materiais de construção. Em 2021, a produção de aço bruto da China diminuiu em quase 30 milhões de toneladas em termos anuais. As novas tecnologias, novas indústrias e novos formatos permitiram desenvolver vigorosamente indústrias emergentes estratégicas. Em 2021, a proporção da manufatura de alta tecnologia no valor agregado de indústrias acima do tamanho designado aumentará para 15,1%. Em 2021, o consumo energético da China por unidade de PIB e as emissões de dióxido de carbono foram reduzidos em 2,7% e 3,8% em relação ao ano anterior, respetivamente.

Em 2021, a China concluiu o reflorestamento de 54 milhões de mu(1 mu equivalente a 666 metros quadrados), cultivou 46 milhões de mu de pastagens, restaurou 14 milhões de mu de florestas degradadas e requalificou 1,09 milhão de mu de pantanais. A quantidade de recursos florestais do país atingiu os 19,493 bilhões de metros cúbicos, a cobertura vegetal abrangente de pastagens atingiu 50,32% e a taxa de proteção de áreas úmidas atingiu 52,65%.

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