A Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) afirmou na segunda-feira que o crescimento econômico global deverá permanecer moderado no segundo semestre de 2022, antes de desacelerar ainda mais em 2023 para um crescimento anual de apenas 2,2 por cento.
"Um fator-chave para desacelerar o crescimento global é o aperto generalizado da política monetária, impulsionado pela superação das metas de inflação acima do esperado", explicou a OCDE em seu último Panorama Econômico.
O crescimento anual do produto interno bruto (PIB) deverá desacelerar acentuadamente para 0,5 por cento nos Estados Unidos em 2023 e para 0,25 por cento na zona do euro, com riscos de queda da produção em várias economias europeias durante os meses de inverno.
A organização observou que a inflação se tornou ampla em muitas economias. "Uma escassez mais grave de combustível, especialmente de gás, pode reduzir o crescimento na Europa em mais 1,25 ponto percentual em 2023 e aumentar a inflação europeia em mais de 1,5 ponto percentual", observou.
Enquanto isso, "a China continua tendo uma inflação relativamente baixa e estável", acrescentou.
A OCDE reconheceu que, com a virada do ciclo econômico global, a desaceleração da inflação dos preços da energia e o aperto monetário pela maioria dos principais bancos centrais cada vez mais em vigor, espera-se que a inflação dos preços ao consumidor fique moderada gradualmente.
No entanto, ainda previu que "a inflação anual em 2023 permanecerá bem acima da meta em quase todos os lugares".