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Chanceler chinês profere discurso no debate geral da 77ª sessão da Assembleia Geral das Nações Unidas

Fonte: Xinhua    26.09.2022 08h28

O conselheiro de Estado e ministro das Relações Exteriores da China, Wang Yi, pediu no sábado à comunidade internacional que faça todos os esforços para a paz e o desenvolvimento e assuma a responsabilidade pela solidariedade e pelo progresso.

Ao discursar no debate geral da 77ª sessão da Assembleia Geral das Nações Unidas (ONU), Wang disse que o mundo está em um momento repleto de desafios.

O planeta entrou em uma nova fase de turbulência e transformação e mudanças não vistas em um século estão se acelerando, observou Wang, acrescentando que esta era, no entanto, também está cheia de esperança.

A paz e o desenvolvimento continuam sendo a tendência subjacente dos tempos e, em todo o mundo, o apelo das pessoas por progresso e cooperação está ficando mais alto do que nunca, continuou.

A resposta da China, salientou Wang, é firme e clara sobre como responder ao chamado dos tempos e seguir a tendência da história para construir uma comunidade com um futuro compartilhado para a humanidade defendida pelo presidente Xi Jinping.

Primeiro, os países devem manter a paz e se opor à guerra e à turbulência, apelou Wang, pedindo a todos os países que permaneçam comprometidos em resolver as diferenças por meios pacíficos e resolver disputas por meio do diálogo e consulta.

Segundo, as nações devem buscar o desenvolvimento e eliminar a pobreza, apontou Wang, notando que o mundo deve colocar o desenvolvimento no centro da agenda internacional e construir um consenso internacional sobre a promoção do desenvolvimento. O mundo deve ver que todos em todos os países se beneficiam mais dos frutos do desenvolvimento de maneira mais equitativa, assinalou.

Terceiro, os países devem permanecer abertos e se opor à exclusão, explicou Wang, acrescentando que os países devem permanecer fiéis à abertura e inclusão, defender o sistema comercial multilateral com a Organização Mundial do Comércio no núcleo e se esforçar para construir uma economia mundial aberta.

Quarto, as nações devem permanecer engajadas na cooperação e se opor ao confronto. Instando aos países a se envolverem no diálogo, na consulta e na cooperação de benefício mútuo e a rejeitarem o conflito, a coerção e o jogo de soma zero, Wang enfatizou que eles devem se opor conjuntamente à política de grupo e ao confronto de blocos.

Quinto, os países devem fortalecer a solidariedade e se opor à divisão, notou Wang, pedindo à comunidade internacional que se oponha ao estabelecimento de linhas em bases ideológicas e trabalhe em conjunto para expandir o terreno comum e a convergência de interesses para promover a paz e o desenvolvimento mundial.

Sexto, as nações devem defender a igualdade e se opor ao bullying, assinalou Wang, acrescentando que elas devem promover e praticar o verdadeiro multilateralismo, promover a igualdade de todos os países em termos de direitos, regras e oportunidades e construir um novo tipo de relações internacionais com respeito mútuo, igualdade, justiça e cooperação de benefício mútuo.

A China, observou Wang, como membro permanente do Conselho de Segurança da ONU e o maior país em desenvolvimento do mundo, está comprometida em aumentar a solidariedade e cooperação com outros países, seguindo a tendência dos tempos e buscando os interesses compartilhados da grande maioria das nações.

A China é uma construtora da paz mundial, uma contribuinte para o desenvolvimento global, uma defensora da ordem internacional, uma fornecedora de bens públicos e uma mediadora de questões críticas, continuou.

Diante dos vários desafios atuais, Xi propôs a Iniciativa de Desenvolvimento Global, um chamado de mobilização para redirecionar a atenção da comunidade internacional para o desenvolvimento e construir uma comunidade global de desenvolvimento, exaltou Wang.

Xi também levantou a Iniciativa de Segurança Global, contribuindo com a visão da China para reduzir o déficit de paz enfrentado pela humanidade e fornecendo esforços da China para enfrentar os desafios da segurança global, acrescentou.

Sobre a questão de Taiwan, Wang enfatizou que desde os tempos antigos, Taiwan é uma parte inalienável do território da China.

A soberania e a integridade territorial da China nunca foram divididas e o fato de que a parte continental e a região Taiwan pertencem a uma mesma China nunca mudou, esclareceu ele.

Todos os chineses nunca cessaram seus esforços para realizar a reunificação da China.

O princípio de Uma Só China tornou-se uma norma básica nas relações internacionais e um consenso geral da comunidade internacional.

Cinquenta e um anos atrás, bem neste salão majestoso, a Assembleia Geral da ONU adotou a Resolução 2758 com uma maioria esmagadora, que decidiu restaurar o posto legal da República Popular da China na ONU e expulsar os "representantes" das autoridades de Taiwan do lugar que ocuparam ilegalmente, lembrou Wang.

De uma vez por todas, a Resolução 2758 resolveu política, legal e processualmente a questão da representação de toda a China, incluindo Taiwan, na ONU e nas instituições internacionais e bloqueou completamente qualquer tentativa de qualquer pessoa ou país de criar "duas Chinas" ou "uma China, uma Taiwan", explicou Wang.

A China continuará se esforçando para alcançar a reunificação pacífica com a maior sinceridade e os maiores esforços, indicou ele, acrescentando que para realizar este objetivo, a China deve combater as atividades separatistas da "independência de Taiwan" com a mais firme determinação e tomar as medidas mais fortes para repelir a interferência de grupos externos.

Somente prevenindo resolutamente, de acordo com a lei, as atividades separatistas, o país pode forjar uma verdadeira base para a reunificação pacífica, e somente quando a China estiver completamente reunificada, poderá haver paz duradoura através do Estreito de Taiwan, observou Wang.

Qualquer esquema para interferir nos assuntos internos da China está fadado a enfrentar a forte oposição de todos os chineses e qualquer movimento para obstruir a causa da reunificação da China está destinado a ser esmagado pelas rodas da história, acrescentou.

Ao mesmo tempo, a China está implementando plenamente uma nova filosofia de evolução, com desenvolvimento inovador, coordenado, verde e aberto para todos, que busca um crescimento de alta qualidade e promove um novo paradigma de desenvolvimento.

A China desfrutará de um desenvolvimento sustentado e sólido, abrirá perspectivas ainda mais brilhantes e fará milagres mais esplêndidos se tornarem realidade, garantiu Wang.

Como a China tem um quinto da população mundial, sua marcha para a modernização tem um significado importante e de longo alcance para o mundo.

O caminho que a China busca é de paz e desenvolvimento, não de saque e colonialismo; é um caminho de cooperação ganha-ganha, não de jogo de soma zero; e é um caminho de harmonia entre o homem e a natureza, não de exploração destrutiva dos recursos, afirmou Wang.

Ele acrescentou que a China continuará a contribuir com sua parcela para enfrentar os desafios do desenvolvimento humano e fará sua parte para criar uma nova forma de avanço humano.

O Partido Comunista da China convocará seu 20º Congresso Nacional em Beijing no próximo mês, destacou Wang, acrescentando que este evento, em resposta à expectativa de todo o povo chinês, estabelecerá metas e tarefas bem concebidas para o desenvolvimento da China nos próximos cinco anos e além, e desenhará um plano abrangente para o desenvolvimento futuro do país asiático.

Tendo atingido um novo ponto de partida histórico, a China seguirá seu próprio caminho de modernização para alcançar a revitalização da nação chinesa.

A China trabalhará com outros países para envidar todos os esforços em prol da paz e do desenvolvimento, assumir a responsabilidade pela solidariedade e pelo progresso, construir uma comunidade com um futuro comum para a humanidade e abraçar um mundo ainda melhor.

No mesmo dia, Wang também se reuniu separadamente com o presidente da 77ª sessão da Assembleia Geral da ONU e os ministros das Relações Exteriores das Maldivas, Egito, Argélia, Gabão, Guiné Equatorial e Costa Rica.

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