O primeiro satélite de exploração solar da China monitorou quase 100 erupções solares e completou seus testes e experimentos em órbita, segundo a Administração Espacial Nacional da China (CNSA, na sigla inglesa) em uma entrevista coletiva na terça-feira.
Os dados científicos das observações do satélite foram oficialmente divulgados e compartilhados com o mundo, disse Zhao Jian, designer-chefe do projeto Gaofen, na coletiva de imprensa sobre o progresso do satélite.
Lançado em outubro do ano passado, o satélite Xihe opera em órbita síncrona do sol a uma altitude média de 517 km, com um espectrômetro de imagem solar Hα como sua principal carga científica.
O satélite obteve, pela primeira vez globalmente, a estrutura fina das linhas espectrais solares Hɑ, SiΙ e FeΙ em órbita, as quais podem refletir diretamente as características das erupções solares, disse Zhao.
Em cooperação com a Corporação de Ciência e Tecnologia Aeroespacial da China (CASC, na sigla inglesa), Universidade de Nanjing e Academia Chinesa de Ciências (CAS, na sigla inglesa), a CNSA levou a cabo a verificação do desempenho em órbita e a aplicação de engenharia da tecnologia de plataforma de satélite com precisão e estabilidade ultra-alta.
Ao contrário do design tradicional, a nova plataforma de satélite adotou a tecnologia de controle maglev para garantir que a imagem de carga não é afetada pelas vibrações da plataforma e para obter imagens mais estáveis e precisas, disse Zhao.
A tecnologia deverá ser usada em futuras missões espaciais do país para efeitos de sensoriamento remoto de alta resolução, deteção estereoscópica solar e descoberta de planetas além do sistema solar, acrescentou Zhao.