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Robôs podem ajudar a aliviar a pressão de equipes de testes

Fonte: Diário do Povo Online    26.08.2022 09h30

Em meio às vagas de calor sufocantes que têm assolado o sul da China, é um desafio difícil para as equipes médicas realizarem os testes de Covid-19 nas várias cidades afetadas.

Agora, um robô desenvolvido em conjunto pela Universidade Tsinghua e pela empresa de biotecnologia chinesa Bioteke Corp pode ajudar a aliviar o esforço dos profissionais de saúde durante os períodos de calor intenso.

O robôs podem coletar, processar, produzir e enviar os resultados em apenas 45 minutos, sem o envolvimento de um laboratório ou qualquer intervenção humana, disse seu desenvolvedor.

Esta última inovação faz parte de um esforço mais amplo das empresas e institutos de pesquisa chineses para experimentar constantemente as mais recentes tecnologias na luta contra a pandemia. Demonstra também o progresso que a China atingiu na indústria de robótica, segundo os especialistas.

Sun Fuchun, professor de robótica da Universidade de Tsinghua, que liderou a pesquisa e desenvolvimento do robô, disse que este aparelho difere dos restantes, na medida em que consegue fazer mais do que a recolha de amostras.

"Nosso robô, que possui uma máquina de testes PCR, pode processar amostras de até 960 pessoas ao mesmo tempo", disse Sun, que também é vice-presidente da Associação Chinesa de Inteligência Artificial, um Associação da indústria com sede em Beijing.

O robô contém diferentes módulos de amostragem, extração, purificação, deteção e análise de resultados, e também recursos de gerenciamento de informações.

“Nosso objetivo é encurtar todo o processo de 45 para 30 minutos no robô de próxima geração”, disse Sun, acrescentando que sua garra robótica é feita sob medida para garantir que ele se move suavemente enquanto recolhe amostras orais.

Lu Chuanying, diretor do Centro de Pesquisa para Governança do Ciberespaço Internacional, que faz parte dos Institutos de Estudos Internacionais de Shanghai, disse que as universidades e empresas chinesas estão apresentando uma velocidade notável no desenvolvimento das mais recentes tecnologias para ajudar na luta contra o vírus.

O volume de mercado do setor de testes de ácido nucleico da China deverá atingir 14,6 bilhões de yuans (US$ 2,13 bilhões) em 2022, acima dos 13,2 bilhões de yuans do ano passado, segundo a empresa de pesquisa Askci Corp.

De olho nesse mercado, a Siasun Robot & Automation Co, uma das maiores empresas de robótica da China, e a China Aerospace Science and Industry Corp, também desenvolveram robôs que podem substituir as equipes médicas na recolha de amostras orais. As amostras serão então enviadas para um laboratório para análise.

Atualmente, os robôs da Universidade Tsinghua e Bioteke estão sendo testados em hospitais como o Hospital Tsinghua Changgung de Pequim para ajudar a aliviar a carga das equipes médicas.

Zhou Zhitu, gerente geral da Bioteke, disse que quase 20 milhões de yuans foram investidos na pesquisa e desenvolvimento dos robôs.

“O custo de nossos robôs é quase metade do custo dos robôs de teste de Covid-19 adaptados de braços robóticos industriais estrangeiros”, disse Zhou, acrescentando que podem ser especialmente úteis em aeroportos, estações de trem e outros locais que exigem resultados instantâneos de testes à Covid-19 e podem facilitar a reposição de viagens transfronteiriças.

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