O presidente do Brasil, Jair Bolsonaro, afirmou nesta segunda-feira que respeitará os resultados das eleições e "desde que sejam limpas e transparentes" e defendeu o legado de seu governo.
Em entrevista concedida à TV Globo, Bolsonaro voltou a manifestar dúvidas sobe as urnas eletrônicas utilizadas no Brasil nas eleições, embora tenha declarado: "seja qual for o resultado, as eleições limpas devem e têm que ser respeitadas. Limpas e transparentes têm que ser respeitadas".
Bolsonaro disse que se for reeleito ao cargo, continuará com as políticas iniciadas em 2019 por seu governo, principalmente em matéria econômica.
"O que pretendemos fazer? Continuar exatamente a política que estamos fazendo desde 2019. A grande vacina a favor da economia em 2019 foram as reformas, como a da Previdência Social. Foi, por exemplo, a Lei da Liberdade Econômica, foi a modernização das normas regulamentadoras. Nós fizemos muitas coisas no Brasil, atendemos realmente a todas as camadas da sociedade", acrescentou Bolsonaro.
O presidente afirmou que assumiu um país "em uma situação crítica na questão ética, moral e econômica" e que graças às reformas realizadas antes da pandemia e do conflito na Ucrânia, o Brasil não sofre agora os mesmos problemas que outros países.
Bolsonaro se defendeu das críticas que recebe pelo grande desmatamento na Amazônia e alegou que a floresta amazônica tem o mesmo tamanho que vários países europeus juntos.
"A Amazônia é do tamanho da Europa Ocidental, na Amazônia cabe uma Alemanha, uma França, uma Itália, Portugal ... cabe um montão de países. Você pensa que fiscalizar, evitar de pegar fogo é assim: 'Vamos lá?'".
Bolsonaro aparece em segundo lugar em todas as pesquisas eleitorais, atrás do ex-presidente Lula da Silva.
Segundo a última pesquisa eleitoral divulgada semana passada pelo Instituto Datafolha, Lula tem 47% dos votos, contra 32% de Bolsonaro, resultado que levaria a um segundo turno, no qual Lula venceria com 54% dos votos, contra 37% de Bolsonaro.
As eleições brasileiras serão realizadas no dia 2 de outubro e, se nenhum candidato conseguir a metade mais um voto, haverá um segundo turno, em 30 de outubro.
