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China restaura o sistema ecológico para proteger tigres e leopardos siberianos

Fonte: Diário do Povo Online    04.08.2022 10h41

Zhu Sixiong e Meng Haiying, Diário do Povo

A paisagem do Parque Nacional de Tigre e Leopardo do Nordeste da China (Foto de cortesia da Administração Nacional de Silvicultura e Pastagem)

Nos últimos anos, cada vez mais tigres siberianos selvagens foram avistados na floresta da província de Jilin, nordeste da China, atestando as recentes melhorias ecológicas no país.

Durante um longo período, Jilin reforçou a proteção do sistema ecológico e da biodiversidade, para proteger os selvagens como tigres e leopardos siberianos.

Após 4 anos de operação experimental, o Parque Nacional do Tigre e do Leopardo do Nordeste da China foi estabelecido em outubro de 2021, estendendo-se por províncias de Jilin e Heilongjiang, com uma área de 14,1 mil quilômetros quadrados e uma taxa de 97,74% da cobertura da floresta.

Durante um longo período, o governo provincial de Jinlin dedicou uma grande quantidade de verba e recurso humano para recuperar e proteger o ambiente ecológico da floresta, proibindo o desflorestamento com o uso comercial e fechando as minas, de modo a garantir um habitat dos tigres e leopardos.

Um tigre siberiano selvagem fotografado pela câmera infravermelha (Foto de cortesia da Administração Nacional de Silvicultura e Pastagem)

“Em 2015, Jilin planejou construir uma autoestrada e uma ferrovia de alta velocidade, porém, se o projeto fosse concluído, atravessaria os habitats e áreas migratórias dos tigres e leopardos,” afirmou Feng Limin, professor adjunto da Faculdade de Ciências de Vida da Universidade Normal de Beijing, que aconselhou ao governo local a altera as linhas. No final, as autoridades locais aceitaram a sugestão, anulando o projeto de autoestrada e desviando a direção da ferrovia.

Para atender à necessidade da construção do parque nacional, a equipe de Feng Limin, além de criar um ambiente adequado para os animais selvagens, utilizou alguns métodos tecnológicos para monitorar os tigres e leopardos, tais como o uso de câmera infravermelho, computação de nuvem, inteligência artificial, análise de big data, entre outros. Além disso, um total de 6800 curadores trabalham no parque para registrar os dados de GPS e imagem sobre os tigres e leopardos.

Desde 2017, o Parque Nacional do Tigre e do Leopardo do Nordeste da China tem registrado mudanças consideráveis, com a melhoria da qualidade do sistema ecológico e a recuperação da cadeia alimentar. Mais de 50% dos tigres siberianos podem chegar a idade adulta (3-4 anos), um aumento em relação aos 33% há 4 anos atrás.

Previu-se, há 10 anos atrás, que os tigres siberianos poderiam ser extintos na China. Na verdade, o número dos tigres siberianos e dos leopardos siberianos subiram para 43 e 60 até o final de 2021, respectivamente, ante 27 e 50 em 2017, respectivamente. O parque nacional ainda monitora mais de 10 filhotes de tigre e 7 filhotes de leopardo.

Até 2025, o parque nacional realizará a recuperação do habitat e implementará um corredor ecológico para os tigres e leopardos, de modo a promover a reprodução estável desses animais selvagens. 

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