China pede que EUA e Japão não incitem divisão em nome de cooperação

Fonte: Xinhua    02.08.2022 10h42

A China pediu na segunda-feira aos Estados Unidos e ao Japão que não politizem, militarizem nem superdimensionem o conceito de segurança nacional em questões econômicas, comerciais e de ciência e tecnologia; que não ataquem terceiros nem prejudiquem os interesses destes; e que menos ainda incitem a divisão e a confrontação em nome da cooperação e diálogo.

O porta-voz do Ministério das Relações Exteriores Zhao Lijian fez essas declarações em uma entrevista coletiva.

De acordo com a mídia, o secretário de Estado norte-americano, Antony Blinken, e a secretária do Comércio, Gina Raimondo, tiveram em 29 de julho uma reunião ministerial inaugural do Comitê Consultivo de Política Econômica (EPCC, na sigla em inglês, ou Econômico "2+2") entre os Estados Unidos e o Japão com o ministro das Relações Exteriores japonês, Yoshimasa Hayashi, e o ministro da Economia, Comércio e Indústria, Koichi Hagiuda. Blinken disse que as duas partes falaram sobre a China e de suas "políticas econômicas coercitivas" contrárias a um sistema monetário internacional aberto, inclusivo e baseado em normas.

Em resposta, Zhao disse que a China sempre defende o princípio de abertura, inclusão e resultados de benefício mútuo e que é comprometida com a construção de uma economia mundial aberta e o compartilhamento das oportunidades de desenvolvimento com todos os países.

"A China nunca põe as mãos na casa de outros países nem se intromete em seus assuntos internos. A China nunca procura uma guerra comercial nem nunca coage nem reprime as empresas estrangeiras", assinalou.

"Em contraste, há abundância de exemplos de coerção econômica dos Estados Unidos. Sanções econômicas, bloqueio tecnológico, supressão de empresas estrangeiras, entre outras, tudo isto foi feito pelos Estados Unidos. O objetivo é manter a hegemonia econômica americana. Isto não só transgride as leis subjacentes do mercado, mas também viola as normas comerciais internacionais", acrescentou.

Mais ironicamente, o porta-voz disse que o próprio Japão é vítima da coerção econômica americana. Desde os anos 1980, os Estados Unidos impuseram múltiplas rodadas de sanções econômicas ao Japão, utilizaram todos os tipos de ferramentas para reprimir as indústrias competitivas japonesas e inclusive tentaram realizar uma operação cirúrgica na estrutura econômica do Japão; tudo isso é um exemplo perfeito de coerção econômica.

"Por que o Japão se mostra seletivamente amnésico e continua os passos dos Estados Unidos a respeito?", perguntou.

(Web editor: Beatriz Zhang, Renato Lu)

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