Du Haitao, Diário do Povo
De acordo com estatísticas alfandegárias, no primeiro semestre deste ano, o valor total de importações e exportações do comércio de mercadorias da China foi de 19,8 trilhões de yuans, um aumento anual de 9,4%. As importações e exportações apresentaram um crescimento homólogo de oito trimestres consecutivos, contribuindo para a estabilização do mercado macroeconômico.
Li Kuiwen, porta-voz da Administração Geral das Alfândegas da China, disse que, atualmente, com a implementação do pacote de políticas e medidas da China para estabilizar a economia e o progresso ordenado da retomada do trabalho e da produção, o comércio da China com o exterior deverá continuar a manter um crescimento estável.
Desde o início deste ano, a China introduziu políticas e medidas para promover a estabilidade, a melhoria do comércio com o exterior e a redução de custos às empresas. No primeiro semestre do ano, as alfândegas introduziram diversas medidas para encurtar o tempo de desembaraço aduaneiro, continuar a otimizar o ambiente de negócios portuários e promover a estabilidade das cadeias industrial e de suprimentos.
No sentido de garantir eficazmente a fluidez logística, a Administração Geral das Alfândegas promoveu o programa piloto de "recolha direta" para mercadorias importadas e "carregamento à chegada" para exportações em todo o país. O programa foi orquestrado com base nos projetos-piloto realizados pelas alfândegas de Shanghai e Chongqing. Simultaneamente, será garantido o desembaraço aduaneiro das empresas constantes na "lista branca" da cadeia de suprimentos das principais cadeias industriais, promovida a facilitação e diversificação das importações de alimentos, estimulada a exportação de produtos agrícolas de alta qualidade dos países membros da Parceria Econômica Abrangente Regional (RCEP) para a China e garantida a oferta interna de minério de ferro, algodão e outras importações de commodities.
Os dados alfandegários indicam que, no primeiro semestre, as importações e exportações da China para seus principais parceiros comerciais mantiveram a tendência ascendente. Entre eles, as importações e exportações da China para os países ao longo da iniciativa do Cinturão e Rota e os parceiros do RCEP aumentaram 17,8% e 5,6%, respetivamente. O total de importações e exportações dos outros membros do BRICS foi de 1,64 trilhão de yuans, um aumento anual de 14,1%, superior à taxa de crescimento global do comércio exterior da China em 4,7 pontos percentuais. Como o país de presidência do BRICS deste ano, a China realizou trocas comerciais com os restantes membros do bloco cada vez mais intensas, com o aumento do valor das importações e exportações de 960,21 bilhões de yuans em 2009 para 3,17 trilhões de yuans em 2021, um crescimento médio anual de 10,5%.
Desde que o RCEP entrou em vigor em 1º de janeiro deste ano, de janeiro a maio, a alfândega de Hangzhou emitiu um total de 16.774 certificados de origem do RCEP, no valor de 4,821 bilhões de yuans, ajudando empresas locais a usufruir de incentivos fiscais de mais de 56 milhões de yuans.
Li Kuiwen admitiu que os surtos de Covid-19 que ocorreram neste ano na Delta do rio Yangtzé, na Delta do rio das Pérolas e no nordeste da China afetaram o comércio destas regiões com o exterior. No entanto, com a coordenação eficiente do controle da epidemia e o desenvolvimento econômico e social desde maio, a retomada do trabalho e da produção das empresas vem avançando de forma ordenada. Em maio, as importações e exportações na Delta do rio Yangtzé, Delta do rio das Pérolas e nordeste da China aumentaram 4,8%, 2,8% e 12,2% em relação ao ano anterior, respetivamente, enquanto a taxa de crescimento dessas regiões em junho recuperou para 14,9%, 6,4% e 12,8%. Enquanto isso foi demonstrada a forte resiliência do desenvolvimento do comércio exterior local, sendo mantidos, efetivamente, os fundamentos do crescimento estável do comércio com o exterior.
