O presidente das Filipinas, Ferdinand Romualdez Marcos, reuniu-se nesta quarta-feira em Manila com o conselheiro de Estado e ministro das Relações Exteriores da China, Wang Yi, e ambos concordaram em melhorar a cooperação bilateral e abordar a questão do Mar do Sul da China através do diálogo e comunicação.
O presidente filipino disse que a China é o maior parceiro comercial das Filipinas e o mais importante parceiro de desenvolvimento, acrescentando que ambas as partes conduziram uma cooperação frutífera em todos os âmbitos.
Depois do surto da pandemia da COVID-19, a China foi a primeira a fornecer vacinas e materiais de proteção às Filipinas, lembrou Marcos, acrescentando que a China apoiou ativamente o programa "Construir, Construir, Construir" e ajudou muito as Filipinas a melhorar sua infraestrutura básica.
Marcos garantiu que seu país espera continuar impulsionando a cooperação bilateral em política, economia, comércio, educação, cultura e outros âmbitos para assim enriquecer a conotação de sua cooperação estratégica integral.
Ele assinalou que a parte filipina persegue uma política externa independente de paz e sempre se mantém fiel à política de Uma Só China. A questão do Mar do Sul da China não é o assunto principal da relação Filipinas-China e não deve se tornar um obstáculo para a cooperação bilateral.
Marcos explicou que seu país está disposto a manter uma comunicação franca com a parte chinesa para encontrar uma solução amistosa para o assunto, o que é o caminho correto para que os dois países sobrevivam.
Wang destacou que as relações China-Filipinas se encontram em um novo ponto de partida e que a China está disposta a trabalhar com a parte filipina para manter o rumo geral da amizade e cooperação entre os dois países.
Ambas as partes permanecem comprometidas a serem bons vizinhos que se apoiam mutuamente, bons parentes que compartilham o entendimento mútuo e laços estreitos e bons parceiros que perseguem a cooperação e os resultados ganha-ganha para assim impulsionar a melhora de sua cooperação e entrar em uma "era dourada" das relações bilaterais, salientou Wang.
Expressando o firme apoio ao novo governo filipino, Wang ressaltou que a China está disposta a se aproximar das Filipinas para cooperar nos quatro âmbitos-chave da agricultura, infraestrutura, energia e intercâmbios culturais e entre pessoas, a ajudar o país a acelerar seu desenvolvimento e revitalização e a gerar maiores benefícios para o povo filipino.
Wang destacou que a cooperação entre a China e as Filipinas supera por muito suas diferenças marítimas e que nenhuma diferença entre os dois países pode definir suas relações nem colocar obstáculos à sua cooperação.
A China e as Filipinas devem fortalecer o diálogo e a comunicação e lidar adequadamente com assuntos sensíveis, a fim de tornar a cooperação marítima o principal tom de sua discussão e manejo dos assuntos marítimos, indicou.
O chanceler chinês afirmou que os dois países devem transformar a construção da relação de bons vizinhos, bons amigos e bons parceiros no novo consenso entre os dois povos.
Wang também se reuniu no mesmo dia com a vice-presidente das Filipinas, Sara Duterte-Carpio, e ambas as partes expressaram sua disposição de aprofundar a cooperação prática bilateral nos importantes âmbitos de agricultura, infraestrutura e energia, assim como em intercâmbios culturais e entre pessoas.
Duterte-Carpio exaltou que a parte filipina espera trabalhar com a China para impulsionar a sinergia com a Iniciativa do Cinturão e Rota.
Ela apontou, em sua qualidade de ministra da Educação, que a parte filipina espera intensificar a cooperação educativa com a China em todos os níveis.
Wang afirmou que a China está disposta a aprofundar a cooperação com as Filipinas no âmbito educacional, incluindo programas de formação profissional e ensino de idiomas, para apoiar mais jovens filipinos a estudarem na China e para ajudar a melhorar as instalações de ensino com o fim de elevar a educação moderna nas Filipinas.
Durante a reunião, Wang também expressou o agradecimento da China pela contribuição do ex-presidente Rodrigo Duterte para assegurar uma transformação completa e a melhora das relações China-Filipinas durante seu mandato de seis anos.