(Da esquerda para a direita) O presidente francês Emmanuel Macron, o presidente dos EUA Joe Biden, a presidente da Comissão Europeia Ursula von der Leyen e o primeiro-ministro canadense Justin Trudeau são fotografados durante a Cúpula do Grupo dos Sete (G7) em Schloss Elmau, nos Alpes da Baviera, sul da Alemanha, em 26 de junho de 2022. Líderes do G7 iniciaram sua cúpula anual de três dias no domingo em Schloss Elmau, nos Alpes da Baviera, no sul da Alemanha, em meio a expectativas e protestos. (Foto: Guo Chen/Xinhua)
A cúpula do G7 de três dias foi aberta no domingo (26) em meio a protestos, enquanto centenas de pessoas foram às ruas na cidade do sul da Alemanha.
Milhares de outros manifestantes também realizaram manifestações em Munique, capital da Baviera, um dia antes da abertura da cúpula.
Os manifestantes exigiram que os países do G7 cumpram suas responsabilidades e se tornem mais ativos no combate às mudanças climáticas e à fome global, entre outras questões.
A manifestante Brigitte Obermayer, numa cidade próxima a da realização da cúpula, disse à Xinhua que os problemas do mundo não podem ser resolvidos apenas pelos países do G7 e só podem ser realmente resolvidos por meio de plataformas como as Nações Unidas.
Outro manifestante chamado Marco, que é membro da organização juvenil SDAJ, criticou o G7 por se preocupar apenas com seus próprios interesses, acrescentando que a cúpula é realizada apenas para considerar e discutir questões relacionadas aos interesses de seus membros e grupos de interesse relacionados.
Theresienwiese, o coração do protesto em Munique, estava cheio de manifestantes de várias partes da Europa, agitando faixas e cartazes e cantando slogans de protesto. Um total de 15 ONGs participaram das atividades no dia.
Uma grande presença policial foi vista nos locais dos protestos. Cerca de 18.000 policiais foram mobilizados em torno de Munique e do local da cúpula.
Um desenho em que uma Terra distorcida estava embutida na letra G se destacava entre os cartazes de uma das ONGs participantes. A intenção era transmitir a mensagem de que "o mundo está se tornando cada vez mais distorcido e disfuncional devido à intervenção dos países do G7", disse um membro da ONG.
Em termos de proteção climática, "certamente não estou satisfeita", disse Viviane Raddatz, chefe da divisão de clima e energia da WWF Alemanha, avaliando o trabalho feito até agora pelos países do G7.
Raddatz disse que como "antigos países industrializados com um longo histórico de emissões... eles (G7) são responsáveis por causar a crise climática e, portanto, têm a responsabilidade de encontrar soluções que se apliquem em todo o mundo".
Friederike Meister, diretora alemã da Global Citizen, uma organização que trabalha contra a pobreza extrema, disse que "as principais crises do mundo estão piorando, mas o dinheiro dos países ricos para ajudar na recuperação econômica não reflete isso".
"O G7 deve agora priorizar o investimento nos países mais pobres do mundo", disse Meister, acrescentando que "o G7 está levando adiante essa promessa de décadas sem realmente implementá-la".
Lisa Gaetner, moradora local, reclamou dos altos preços e da inflação atuais, afirmando que "as pessoas comuns têm cada vez menos dinheiro".
Os países do G7 devem reduzir seus gastos militares e aumentar seus esforços para combater as mudanças climáticas, disse ela.