O conselheiro de Estado e ministro das Relações Exteriores da China, Wang Yi, participou na quarta-feira da terceira reunião de ministros das Relações Exteriores da China + Ásia Central (C+C5) em Nur-Sultan, a capital do Cazaquistão.
A reunião foi presidida pelo vice-primeiro-ministro e ministro das Relações Exteriores cazaque, Mukhtar Tleuberdi, contando também com a participação do vice-primeiro-ministro e ministro das Relações Exteriores turcomano Rashid Meredov; do ministro das Relações Exteriores quirguiz Jeenbek Kulubaev; do ministro do Transporte tadjique Azim Ibrohim; e do ministro interino das Relações Exteriores uzbeque Vladimir Norov.
Wang disse que a China e a Ásia Central, tão próximas como lábios e dentes, compartilham o bem e o mal e avançam uma ao lado da outra como uma comunidade com um futuro compartilhado.
Independentemente da mudança no panorama internacional, a China sempre apoiará firmemente os países da Ásia Central na proteção de sua soberania e independência, na busca de caminhos de desenvolvimento adequados a suas condições nacionais e na construção de uma Ásia Central autônoma, enfatizou.
A China apoia inabalavelmente os países da Ásia Central na manutenção da segurança política e estabilidade social e na construção de uma Ásia Central pacífica, suporta os países da Ásia Central na aceleração do desenvolvimento econômico, na melhora do bem-estar das pessoas e na construção de uma Ásia Central próspera, assim como apoia os países da Ásia Central no cimento da solidariedade e autodesenvolvimento, na busca do benefício mútuo e resultados de ganhos recíprocos e na construção de uma Ásia Central cooperativa, disse.
Guiada pelos princípios de respeito mútuo, boa vizinhança, solidariedade e benefícios compartilhados, a China está disposta a fortalecer a solidariedade e a coordenação com os países da Ásia Central e a construir conjuntamente uma mais próxima comunidade com um futuro compartilhado China-Ásia Central, disse Wang.
Com este fim, Wang apresentou na reunião uma proposta em cinco pontos.
Primeiro, os seis países têm de melhorar os marcos para uma maior cooperação. É de grande importância estratégica estabelecer um mecanismo para que os chefes de Estado realizem cúpulas no formato "C+C5". A China organizará fóruns para a cooperação subnacional, de think tanks, industrial, de investimento, econômica e comercial com o fim de liberar o potencial da cooperação "C+C5" .
Segundo, os seis países devem construir um forte motor para a recuperação econômica pós-pandemia, o que inclui a cooperação nos projetos de gasodutos de gás natural, serviços de ferrovias de carga China-Europa, ferrovia China-Quirguistão-Uzbequistão, corredor de transporte transcaspiano, construção conjunta de uma "Rota da Seda digital" e uma "Rota da Seda verde", exploração de novos modelos de cooperação em agricultura moderna e uma maior expansão da escala da liquidação com divisas locais.
Terceiro, os seis países têm de proteger a paz regional em áreas tão tradicionais como não tradicionais, o que requer trabalho conjunto para combater as "três forças" do terrorismo, separatismo e extremismo, o tráfico de drogas e o crime organizado transfronteiriço, lutar contra a pandemia da COVID-19, fortalecer a segurança em produção e gerenciamento de desastres, melhorar a capacidade e o nível de gestão de emergências, além de fazer bom uso das reuniões de ministros das Relações Exteriores entre os países vizinhos do Afeganistão e o grupo de ligação da Organização de Cooperação de Shanghai com o Afeganistão.
Quarto, os seis países devem explorar múltiplas vias para os intercâmbios entre povos, incluindo o estabelecimento de centros culturais, a capacitação de uma força trabalhista qualificada, a ampliação da cooperação e a troca de experiências em redução da pobreza, assim como o fortalecimento da cooperação em âmbitos como resposta à mudança climática, a conservação da biodiversidade e a proteção ambiental.
Quinto, os seis países devem reunir as forças positivas da governança global, implementar adequadamente a Iniciativa de Desenvolvimento Global e a Iniciativa de Segurança Global, construir uma comunidade com um futuro compartilhado para a humanidade, defender os pressuposto e princípios da Carta da ONU, praticar o verdadeiro multilateralismo, promover os valores comuns compartilhados por toda a humanidade e apoiar todos os países na salvaguarda de seus interesses essenciais.
Wang destacou que a China não deterá seu ritmo de desenvolvimento e revitalização e não vacilará em sua determinação de cooperar com outros países.
A China continuará sendo uma importante contribuinte ao crescimento econômico mundial e uma firme defensora da equidade e justiça internacionais, disse Wang, acrescentando que uma China em desenvolvimento e próspera não só significa uma bênção para o mundo, mas também gera novas oportunidades para o desenvolvimento dos países da Ásia Central.
Todos os participantes da reunião concordaram por unanimidade em estabelecer um mecanismo para que os chefes de Estado realizem cúpulas no formato "C+C5" .
Quatro documentos foram aprovados por todas as partes: uma declaração conjunta da terceira reunião de ministros das Relações Exteriores China + Ásia Central (C+C5), um esquema para a implementação do consenso da cúpula virtual China + Ásia Central (C+C5), uma iniciativa para aprofundar a cooperação no âmbito de conectividade e cooperação entre China e os países da Ásia Central (C+C5) e uma iniciativa para a cooperação China + Ásia Central (C+C5) no âmbito de segurança de dados.