O conselheiro de Estado e ministro das Relações Exteriores da China, Wang Yi, disse na terça-feira que o país apoia o Quirguistão na manutenção da estabilidade política, harmonia social e desenvolvimento econômico sustentável, acrescentando que sempre foi seu mais confiável parceiro cooperativo estratégico de longo prazo.
A China e o Quirguistão são vizinhos amigáveis que não podem ser afastados. Ligados por montanhas e rios, os dois países compartilham bem e mal em segurança e se complementam economicamente, apontou Wang ao se reunir com o ministro das Relações Exteriores do Quirguistão, Jeenbek Kulubaev, à margem da terceira reunião de ministros das Relações Exteriores China + Ásia Central (C+C5).
Wang destacou que os dois países devem seguir o importante consenso alcançado pelos seus chefes de Estado e aproveitar a oportunidade do 30º aniversário do estabelecimento de laços diplomáticos para impulsionar as relações bilaterais de maneira sustentável.
Por sua parte, Kulubaev afirmou que o Quirguistão e a China sempre se trataram com sinceridade e que manter uma amizade mutuamente benéfica é uma prioridade da política externa do seu país. Ele observou que o Quirguistão segue firmemente a política de Uma Só China, se opõe à "independência de Taiwan" e apoia firmemente a posição legítima chinesa nas questões de Xinjiang e Hong Kong.
Ele enfatizou que o Quirguistão está pronto para trabalhar com a China para implementar o importante consenso alcançado pelos dois chefes de Estado e fortalecer a cooperação prática em áreas como infraestrutura, desembaraço alfandegário na fronteira, intercâmbios em nível local, saúde e luta contra a pandemia.
Os dois lados também concordaram em estabelecer um mecanismo de comunicação e contato em nível local e estudar a questão de portos adicionais para garantir um fluxo contínuo de mercadorias nos portos existentes, acrescentando que também avançarão nos trabalhos preparatórios para a construção da ferrovia China-Quirguistão-Uzbequistão e concluir o estudo de viabilidade do projeto o mais rápido possível.
Além disso, os dois lados concordaram em estabelecer centros culturais no outro país e criar condições para facilitar o intercâmbio pessoal.
Observando que a China é o maior vizinho e parceiro comercial dos países da Ásia Central, os dois lados acreditam que têm amplos interesses comuns. Com base na sólida confiança mútua bilateral, os países construirão e desenvolverão o mecanismo de cooperação "C+C5".
Eles também acreditam que os países da região devem trabalhar juntos para enfrentar os desafios colocados por mudanças complexas nas situações internacional e regional, administrar bem seus próprios assuntos, fortalecer a solidariedade e a coordenação entre os países vizinhos e resistir às tentativas de perturbar a região.
Os dois lados também trocaram opiniões sobre a questão afegã.
