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China pede aos EUA que não ocultem e esvaziem o princípio de Uma Só China

Fonte: Xinhua    24.05.2022 14h03

Os Estados Unidos devem cumprir o princípio e as estipulações de Uma Só China nos três comunicados conjuntos China-EUA e parar de obscurecer e esvaziar o princípio de Uma Só China, disse o porta-voz do Ministério das Relações Exteriores, Wang Wenbin, na segunda-feira, em resposta a comentários recentes do porta-voz do Departamento de Estado dos EUA, Ned Price.

Em um post de mídia social, Price declarou que a China continua a deturpar a política dos EUA e que os Estados Unidos permanecem comprometidos com sua política bipartidária de Uma Só China, guiada pela chamada "Lei de Relações com Taiwan", Três Comunicados Conjuntos e Seis Garantias.

Wang disse que os comentários de Price são uma distorção dos fatos e da história.

A questão de Taiwan é a questão mais importante e sensível nas relações China-EUA. O núcleo da questão de Taiwan é "Uma China". Há apenas uma China no mundo, Taiwan faz parte da China, e o governo da República Popular da China é o único governo legítimo que representa toda a China.

"Este é o conceito central do princípio de Uma Só China, que se tornou o consenso da comunidade internacional e a norma básica que rege as relações internacionais", assinalou Wang.

Um total de 181 países, incluindo os Estados Unidos, estabeleceram relações diplomáticas com a China com base no reconhecimento do princípio de Uma Só China, acrescentou.

Na história, a questão de Taiwan foi o maior obstáculo para a normalização das relações China-EUA. Isso porque a China aderiu firmemente ao princípio de Uma Só China e nunca faria compromissos ou concessões sobre essa questão, ressaltou Wang.

Em 1971, os Estados Unidos afirmaram à China que seguiriam novos princípios em relação à questão de Taiwan, que incluem: os Estados Unidos reconheceriam que há apenas uma China no mundo e Taiwan faz parte da China, e o lado norte-americano não apoiaria nenhum movimento de "independência de Taiwan", lembrou o porta-voz.

No Comunicado de Shanghai divulgado em 1972, o lado dos EUA declarou que "os Estados Unidos reconhecem que todos os chineses de ambos os lados do Estreito de Taiwan sustentam que há apenas uma China e que Taiwan faz parte da China. O governo dos Estados Unidos não contesta essa posição."

Wang disse que os compromissos mencionados feitos pelos Estados Unidos iniciaram o processo para a normalização das relações China-EUA.

No comunicado conjunto China-EUA sobre o estabelecimento de relações diplomáticas divulgado em 1978, os Estados Unidos "reconhecem o governo da República Popular da China como o único governo legítimo da China" e "reconhecem a posição chinesa de que há apenas uma China e Taiwan faz parte da China."

No Comunicado de 17 de agosto de 1982, os Estados Unidos "reiteram que não têm intenção de infringir a soberania e a integridade territorial da China, ou interferir nos assuntos internos da China, ou seguir uma política de 'duas Chinas' ou 'uma China, uma Taiwan'."

"Esses compromissos estão à vista de todos. Eles são claros como cristal e estão inscritos nos documentos. Tais fatos históricos não podem ser apagados ou negados", disse Wang.

No entanto, nos últimos 40 anos, os Estados Unidos não implementaram fielmente o princípio e as estipulações de Uma Só China nos três comunicados conjuntos China-EUA, assinalou Wang.

Ele acrescentou que o lado norte-americano aliviou significativamente as restrições aos intercâmbios oficiais com Taiwan, as interações militares EUA-Taiwan tornaram-se mais frequentes e evidentes, e os Estados Unidos até ajudam Taiwan a expandir seu chamado "espaço internacional".

Segundo o porta-voz, nos últimos anos, o lado norte-americano até tentou obscurecer e esvaziar o princípio de Uma Só China. Por exemplo, os Estados Unidos estão usando mais descrições para modificar sua política de Uma Só China, incluindo sua Lei de Relações com Taiwan e Seis Garantias, que nunca foram reconhecidas pela China e são firmemente opostas.

As relações China-EUA são relações de estado para estado. O relacionamento só pode ser guiado pelo consenso político alcançado pelos dois lados, em vez de ser estabelecido em políticas inventadas unilateralmente pelo lado norte-americano, acrescentou.

Não é difícil descobrir do fato que a China não está deturpando a política dos EUA. São os EUA que têm constantemente renegado seus próprios compromissos, o consenso dos dois lados e sua posição original, a fim de minar a paz e a estabilidade dos dois lados do Estreito de Taiwan e jogar a "carta de Taiwan" para conter a China, apontou Wang.

Ele ressaltou que a essência do princípio de Uma Só China e da política de Uma Só China é sobre "uma China", que é o consenso político alcançado pela China e pelos Estados Unidos. Sem o consenso, os dois países não poderiam ter se comprometido, estabelecido laços diplomáticos e desenvolvido relações bilaterais.

A questão de Taiwan é um assunto puramente interno da China, e realizar a reunificação nacional completa é a aspiração comum de todo o povo chinês. A China está determinada a salvaguardar a sua própria soberania e interesses de segurança.

"Não há espaço para concessões e nem um centímetro para ceder na questão de Taiwan", destacou Wang.

"Pedimos ao lado dos EUA que cumpra o princípio e as estipulações de Uma Só China nos três comunicados conjuntos China-EUA, retornem ao significado original e verdadeiro de 'uma China', sigam as observações do presidente Biden de não apoiar a 'independência de Taiwan', pare de esvaziar o princípio de Uma Só China, pare de tentar conter a China com questões relacionadas a Taiwan, pare de encorajar as forças separatistas da 'independência de Taiwan' e evite causar danos graves às relações China-EUA e à paz e estabilidade através do Estreito de Taiwan", disse.

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