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Relatório de direitos humanos dos EUA revela hipocrisia e padrões duplos, diz porta-voz da chancelaria chinesa

Fonte: Xinhua    14.04.2022 14h26

O Ministério das Relações Exteriores da China declarou na quarta-feira que lamenta e se opõe firmemente ao conteúdo relacionado ao país nos Relatórios Nacionais sobre Práticas de Direitos Humanos de 2021 e aos comentários relevantes do secretário de Estado dos EUA, Antony Blinken, que revelaram a hipocrisia e os padrões duplos dos EUA.

O porta-voz Zhao Lijian fez as declarações em uma coletiva de imprensa regular ao comentar o relatório divulgado pelo Departamento de Estado dos EUA na terça-feira, que atacou o sistema político e a situação de direitos humanos da China.

"O conteúdo relacionado à China nos chamados Relatórios do País sobre Práticas de Direitos Humanos e observações relevantes do Secretário Antony Blinken deturpam fatos, confundem o errado com o certo, estando repleto de mentiras políticas e preconceitos ideológicos. A China deplora e se opõe firmemente a isso", respondeu Zhao.

Zhao observou que o povo chinês pode julgar a situação dos direitos humanos na China melhor do que outros, sendo que a comunidade internacional há muito chegou a uma conclusão sobre a governança da China. Tais fatos não podem possivelmente ser negados por um relatório ou pelas observações de certas pessoas.

"O governo dos EUA calunia e denigre a China e ataca outros lugares do mundo ao divulgar este relatório todos os anos, tentando se apresentar como juiz e modelo de direitos humanos. Isso só serve para revelar sua hipocrisia e padrões duplos", disse.

Zhao apontou que as promessas de proteção dos direitos humanos dos Estados Unidos são vazias e nunca foram cumpridas internamente. Ele afirmou que o governo dos EUA, em vez de combater a COVID-19, está buscando manipulação política, instigando a teoria do "vazamento de laboratório" e permitindo que o racismo se espalhe ao lado do vírus, o que tem resultado na ocorrência frequente de crimes de ódio contra asiáticos.

A persistente política de migração discriminatória nos Estados Unidos limitou ao extremo o espaço de vida para migrantes da América Latina, Ásia e África. A política de separar as crianças migrantes de suas famílias ameaça gravemente a vida, a dignidade e a liberdade dos migrantes, como é o caso da prisão prolongada, tortura cruel, trabalho forçado e muitos outros tratamentos desumanos. A violência invasiva das armas, a negação da justiça na aplicação da lei e o abuso de prisioneiros deixaram os residentes dos EUA vivendo com medo por sua segurança, relatou Zhao.

"Externamente, a proteção dos direitos humanos é um pretexto que o governo dos EUA usa para encobrir sua agenda de busca de hegemonia", disse Zhao, observando que apenas no Afeganistão, Iraque e Síria, mais de 20 milhões de pessoas se tornaram refugiados e migrantes como resultado da subversão e guerras lançadas pelos EUA.

O porta-voz afirmou que as chamadas guerras antiterroristas travadas pelos EUA já custaram mais de 900 mil vidas, sendo que as operações militares dos EUA no Afeganistão não só custaram mais de 100 mil vidas, como também o roubo de US$ 7 bilhões em bens do povo afegão.

A rede de prisões secretas dos Estados Unidos em todo o mundo tem criado tragédias de direitos humanos que têm causado tumultos na comunidade internacional, disse Zhao. Em um momento em que a economia global está sofrendo o impacto da COVID-19, os EUA continuam a usar os direitos humanos como desculpa para pressionar e ameaçar países de forma irresponsável, impondo sanções.

"Isso não apenas agravou as crises de direitos humanos nos países relevantes, mas também colocou em risco a recuperação econômica global e a estabilidade das cadeias industriais e de suprimentos", indicou.

"Os Estados Unidos devem parar imediatamente de fazer comentários irresponsáveis, atacando e difamando a situação dos direitos humanos de outros países. Em vez disso, precisam refletir sobre si mesmos, corrigir seus caminhos e trabalhar seriamente para melhorar sua própria situação e promover a causa internacional dos direitos humanos", disse Zhao.

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