Ministro da Educação do Brasil renuncia após denúncias de irregularidades

Fonte: Xinhua    29.03.2022 15h35

O Ministro da Educação do Brasil, Milton Ribeiro, entregou nesta segunda-feira ao presidente Jair Bolsonaro seu pedido de exoneração do cargo, pressionado por denúncias de haver favorecido pastores evangélicos na liberação de fundos do ministério.

A saída de Ribeiro foi publicada em uma edição extra do Diário Oficial da União e se anunciou que o atual secretário executivo da pasta, Víctor Godoy Veiga, ocupará o posto de ministro.

Em sua carta de renúncia, Ribeiro se defendeu afirmando que "nunca praticou um único ato na gestão da pasta que não tenha sido guiado pela correção, fique nenhuma incerteza sobre minha conduta e a do governo federal" e pediu "uma investigação completa".

A existência de um "gabinete paralelo" formado por pastores que controlariam os fundos e a agenda do ministério foi revelada pelo jornal O Estado de São Paulo na semana passada.

Por sua vez, o jornal Folha de São Paulo divulgou um áudio no qual Ribeiro disse que a liberação de fundos seguiria a orientação de dois pastores.

Os pastores aos quais se refere o áudio são Gilmar Santos e Arilton Moura, que não tem cargos no governo, mas participaram de várias reuniões com autoridades nos últimos anos.

Um prefeito do estado do Maranhão (norte) disse ao Estado de São Paulo que Moura pediu "um quilo de ouro" em troca de receber fundos para seu município.

Pastor presbiteriano e professor, Milton Ribeiro, que assumiu o cargo em julho de 2020, foi o quarto ministro da Educação no governo de Jair Bolsonaro.

Sus antecessores foram Ricardo Vélez Rodríguez, que permaneceu no cargo de janeiro a abril de 2019, Abraham Weintraub, entre abril de 2019 e julho de 2020 e Carlos Decotelli, que renunciou apenas dois dias depois de ter sido designado, em meio a uma polêmica com relação a seu currículo.

(Web editor: Beatriz Zhang, Renato Lu)

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