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Ministro das Relações Exteriores chinês propõe parcerias de solidariedade, desenvolvimento, segurança e civilização com países islâmicos

Fonte: Xinhua    23.03.2022 13h26

O conselheiro de Estado e ministro das Relações Exteriores da China, Wang Yi, disse nesta terça-feira que a China está defendendo o multilateralismo verdadeiro e está disposta a construir quatro parcerias com os países islâmicos.

Ao discursar na 48ª sessão do Conselho dos Ministros das Relações Exteriores da Organização para a Cooperação Islâmica, Wang disse que a China está pronta para construir quatro parcerias de solidariedade, desenvolvimento, segurança e civilização com os países islâmicos em um mundo cheio de turbulências e transformações.

Primeiramente, a construção de uma parceria de solidariedade e coordenação. A China e os países islâmicos devem se apoiar na proteção da soberania, independência e integridade territorial, e dar suporte uns aos outros na exploração de um caminho de desenvolvimento adequado a suas próprias condições nacionais, salientou Wang.

Eles também devem se apoiar na defesa de seus legítimos interesses de desenvolvimento e interesses comuns dos países em desenvolvimento.

Em segundo lugar, a construção de uma parceria de desenvolvimento e revitalização. A China fornecerá 300 milhões de doses de vacina contra a COVID-19 aos países islâmicos para ajudá-los a combater a pandemia, prometeu Wang. Ambos os lados devem se unir para construir o Cinturão e Rota e implementar a Iniciativa de Desenvolvimento Global de alta qualidade a fim de contribuir para a realização dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável da ONU até 2030.

Terceiro, a construção de uma parceria de segurança e estabilidade. A China continuará apoiando os países islâmicos a resolverem as questões do mundo com sabedorias islâmicas, e a segurarem a chave da estabilidade e da paz em suas próprias mãos, garantiu Wang. A China está pronta para promover a solução abrangente e justa da questão palestina com base na Solução de dois Estados.

O país apoia o Afeganistão na formação de um governo inclusivo e na obtenção de estabilidade na governança, de modo a iniciar uma nova era de paz e reconstrução.

A China encorajará a Rússia e a Ucrânia a continuarem as negociações de paz para um cessar-fogo e a colocarem fim ao conflito até que a paz seja alcançada. Devem ser feitos esforços para evitar um desastre humanitário e evitar a repercussão da crise da Ucrânia, que pode afetar ou prejudicar os direitos e interesses legítimos de outras regiões e países, ressaltou.

Em quarto lugar, a construção de uma parceria de aprendizado mútuo entre civilizações. A China se opõe à criação de divisão e confronto através da criação de limites com base na ideologia, disse Wang, acrescentando que o país também é contra as ideias de "superioridade de uma civilização" e "choque de civilizações".

Ambos os lados também devem aprofundar sua cooperação no combate preventivo ao terrorismo e na desradicalização, e se opor ao duplo padrão na luta antiterrorismo e a vincular o terrorismo a uma nação ou religião específica, apontou ele.

Observando que a amizade é a tendência dominante das relações entre a China e os países islâmicos, a igualdade é a base da comunicação mútua dos dois lados e o benefício mútuo é o alvo da cooperação mútua, Wang fez três propostas para promover ainda mais a comunicação.

Em primeiro lugar, a China e os países islâmicos devem sempre manter o respeito e a confiança mútua e acomodar as principais preocupações uns dos outros. A China nunca esquecerá o firme apoio dos países islâmicos na restauração de seu assento legal nas Nações Unidas e, em troca, sempre apoiou o mundo islâmico em sua preocupação central com a questão palestina, lembrou Wang.

Em segundo lugar, os dois lados devem sempre manter a unidade e a assistência mútua e trabalhar juntos para a realização do desenvolvimento comum. A construção conjunta do Cinturão e Rota serviu como uma ponte e uma ligação entre os dois lados para o desenvolvimento e a prosperidade. A China assinou documentos de cooperação com 54 países islâmicos sobre quase 600 grandes projetos, trazendo resultados tangíveis aos povos dos dois lados, destacou.

Em terceiro lugar, a China e os países islâmicos devem sempre aprender uns com os outros e salvaguardar a diversidade das civilizações no mundo. Os dois lados devem se basear na sabedoria da longa civilização um do outro, acrescentou.

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