Português>>Sociedade

Embaixada do Brasil em Beijing realiza exposição de Tarsila do Amaral

Fonte: Diário do Povo Online    09.03.2022 17h04

No embalo da celebração pelos 100 anos da “Semana de Arte Moderna de 1922”, movimento que deu início a instucionalização do modernismo nas artes brasileiras, reproduções de obras de Tarsila do Amaral, uma das maiores pintoras brasileiras do século XX, são expostas na fachada e nos muros da Embaixada brasileira em Beijing.

Ao todo são 11 reproduções de obras da pintora, como “Araporu” que estão sendo expostas desde terça-feira (8) na faixada e nos muros da Embaixada do Brasil em Beijing.

“Tarsila do Amaral é tida por muitos como “a pintora do Brasil”. Expor reproduções de algumas de suas principais obras pela primeira vez na China é uma forma de celebrar os 100 anos da Semana de Arte Moderna de 1922 e também o aniversário de 200 anos da independência do Brasil”, disse o Embaixador Paulo Estivallet de Mesquita.

O trabalho da “Pintora do Brasil” é dividido nas fases “Pau Brasil”, “Antropofagia”, “Social” e “Neo Pau Brasil”. E a exposição da Embaixada contempla um pouco de cada uma delas, na exposição que irá até 31 de março.

As obras “Feira I”; “Morro de Favela”; “Palmeiras” e “E.F.C.B”, são da fase “Pau Brasil”, caracterizada por técnicas do cubismo e dão destaque à paisagens rurais e urbanas.

A obra “Araporu”, que significa “homem que come carne humana, o antropófago”, recebeu este nome de Oswaldo de Andrade, com quem Tarsila se casou em 1926. O quadro foi símbolo do manifesto Antropofágico, escrito por Oswald e que pretendia engolir os cânones da cultura europeia e transformá-los em algo bem brasileiro, valorizando as raízes e a cultura popular nacional.

Entre 1930 a 1950 a obra de Tarsila passou a ter enfoque social, com obras como “Operários”. Ainda nesse período obras de temática onírica e com enfoque na fase antropofágica continuaram sendo produzidas, a exemplo de “Primavera”.

A partir de 1950, Tarsila volta a utilizar cores brasileiras, com quadros “Porto I” e “O batizado de Macunaíma”, respresentando a fase “Neo Pau Brasil”.

A artista, que faleceu em 1973, deixou um importante legado e possui obras espalhadas em diversos museus e coleções particulares no Brasil e no exterior, incluindo Argentina, Estados Unidos, França, Espanha e Rússia.

Sua obra vem sendo tema de exposições pelo mundo, além de coleção de marcas como “Osklen”, “Água de Coco” e “Havaianas”.

No ano passado a família da artista idealizou a exposição “Tarsila para crianças”. Este mês entra em cartaz no Brasil a animação “Tarsilinha”, que teve sua pré-estreia realizada no Festival Internacional de Cinema de Shanghai em 2021. 

comentários

  • Usuário:
  • Comentar: