China e Rússia se opõem a qualquer tentativa de abuso de valores democráticos, diz declaração conjunta

Fonte: Xinhua    05.02.2022 16h26

China e Rússia se opõem a qualquer tentativa de abuso dos valores democráticos, são contra a interferência nos assuntos internos de Estados soberanos em nome da proteção da democracia e dos direitos humanos, e rejeitam qualquer tentativa de provocar divisões e confrontação no mundo, de acordo com uma declaração conjunta emitida nesta sexta-feira após uma reunião entre os presidentes dos dois países.

A convite do presidente da China, Xi Jinping, o presidente da Rússia, Vladimir Putin, está fazendo uma visita à China. Os dois chefes de Estado realizaram conversações em Beijing e participaram da cerimônia de abertura dos 24º Jogos Olímpicos de Inverno.

Na declaração conjunta, os dois países pedem à comunidade internacional que respeite a diversidade cultural e civilizacional, bem como os direitos dos povos de diferentes países à autodeterminação.

A China e a Rússia estão prontas para se unirem a todos os países interessados para promover uma democracia genuína, diz a declaração.

Os dois lados concordam que a democracia é um valor humano compartilhado, e não um privilégio de alguns países, e que promover e salvaguardar a democracia é uma causa comum de toda a comunidade global.

Os dois lados acreditam que a democracia deve ser um processo integral e deve refletir os interesses e a vontade de todos os cidadãos, segundo a declaração.

Pessoas de todos os países têm o direito de escolher as formas e métodos de implementação da democracia que se adaptem às suas próprias condições nacionais, sendo que cabe apenas a eles decidir se seu país é democrático, aponta a declaração.

China e Rússia, como grandes países com história e cultura de longa data, têm profundas tradições de democracia enraizadas em milhares de anos de experiência de desenvolvimento, tais tradições são amplamente apoiadas pelos povos de cada país e refletem suas necessidades e interesses, diz a declaração.

Os povos de ambos os países têm plena confiança em seus caminhos de desenvolvimento e respeitam os sistemas e tradições democráticas de outros países.

A China e a Rússia observam que os princípios democráticos devem se refletir não apenas na governança interna, mas também em nível global.

Alguns países tentam traçar linhas de divisão com base na ideologia, impor seus próprios "padrões democráticos" a outros países e monopolizar o direito de definir democracia, estabelecendo pequenos grupos e alianças.

Tal ação, na verdade, viola a democracia e trai o espírito e os verdadeiros valores da democracia, de acordo com a declaração.

Tais ações para buscar a hegemonia representam sérias ameaças à paz e estabilidade global e regional e minam a estabilidade da ordem mundial.

Os dois países sustentam que a cooperação internacional em direitos humanos deve ser baseada no diálogo igual entre todos os países e que todos os países devem ter direitos de desenvolvimento iguais.

Todos os países devem realizar coordenação e cooperação em direitos humanos com base na igualdade e respeito mútuo e intensificar os esforços para construir um sistema internacional de direitos humanos, acrescenta a declaração.

(Web editor: Renato Lu, 符园园)

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